Valesca popozuda - Dessa Pires / Divulgação
Valesca popozudaDessa Pires / Divulgação
Por Leonardo Rocha

Rio - Valesca Popozuda já passou por diversas fases na carreira, mas nunca deixou de lado o propósito de dar voz à mulherada. Seja na era da Gaiola, na explosão de Beijinho no Ombro ou até mesmo num recente retorno ao funk raiz — com letras escrachadas e de cunha sexual  —, a cantora, de 41 anos, fez e faz de sua arte uma bandeira feminista. Como não poderia ser diferente, a Popozuda volta, agora, mais empoderada do que nunca, com o lançamento de Furduncinho, reafirmando que ninguém é capaz de calar sua voz. "Se homem acha que vai me fazer de cachorrinha está enganado. Ninguém mais me engana", declara ela, feliz da vida com o novo momento.

O trabalho marca o reencontro da artista com o grupo Hitmakers. Os rapazes, que também produzem nomes como Anitta, Lexa e Ludmilla, estão por trás do sucesso dos hits Beijinho no Ombro, Eu Sou a Diva Que Você Quer Copiar, Sou Dessas e Pimenta. "Essa parceria é mágica, foi um divisor de águas na minha vida. Eles fizeram parte da minha principal reviravolta no funk quando saí da Gaiola. Agora, tenho certeza, que 'Furducinho' vem para agitar as pistas", aposta ela, que deixa os os palavrões de lado e assume um lado mais comercial. "Está bem light, para todo mundo curtir em casa e nas festas de família".

Mas não se espante! O lado irreverente e cheio de força da cantora continua intacto nas novas canções. Em um trecho de Furduncinho, por exemplo, Popozuda atesta: 'Se você quer cachorrada, eu sou a dona do canil'. E ela explica a mensagem. "Essa frase é bem pra empoderamento mesmo. Estou assumindo 100% minha vida e acredito numa nova reviravolta", comemora ela, descartando qualquer competições, de sua parte, entre outras cantoras do movimento funk. "Eu não ligo para esse posto de diva. O Brasil tem muitas outras que merecem brilhar também", completa.

Soltinha na pista

Solteira há um ano, Valesca Popozuda está muito bem sozinha, obrigado! Passando por cima de antigos relacionamentos abusivos, que culminaram em agressões físicas e psicológicas, a funkeira garante que está muito mais criteriosa na hora da sedução. "Estou vivendo livre, leve e solta. Claro que gosto de chegar em casa e ter alguém, dormir de conchinha... Mas, nesse momento, não estou buscando isso. Meu trabalho é minha prioridade", assume.

 

 

Sem rótulos e sem preconceitos
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Apesar de solteira, Valesca não deixa de ter seus contatinhos. Vira e mexe, a cantora é vista de rolo com alguém. Tanto que, recentemente, a Popozuda foi flagrada trocando beijos com uma fã. Livre de paradigmas, Valesca não se considera bissexual. "Eu sempre beijei meninas. Não tenho rótulos, sou entregue ao amor. Gosto de amar e ser amada", dispara. O segredo da sedução? Autoestima. "Eu amo mudanças. A Valesca dos Santos é menos vaidosa que a Popozuda, mas mudo o visual sempre". 
Com uma carreira poderosa, Valesca não está livre das fake news. A última foi a que ela estaria falida e, por isso, voltou a morar com a mãe. Ela desmente a notícia. "Essa história não me incomodou nada. Estou muito feliz de voltar a morar com a minha mãe. Isso é um luxo. A questão é que ela vai operar, está com câncer de mama, e pediu pra eu ficar na casa dela. E o povo dizendo que eu estava falida... O que mais me incomodou foi que não me feriu, mas feriu a minha mãe. Fiquei louca da vida".
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Passado de violência doméstica
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Além de 'Furduncinho', que vem acompanhada de um novo EP, a artista pode ser vista atuando no projeto Cleo on Demand, no Instagram de Cleo, que fala sobre violência contra a mulher. "A gente se emociona. Cresci em um lar com violência. Apaguei fogo do corpo da minha mãe (Regina Célia). Quando a Cleo me fez o convite, não pensei duas vezes. Pensei em estar ali para ajudar outras mulheres, assim como um dia a minha mãe buscou ajuda e eu precisei também", lembra ela, contando seu caso. "Meu relacionamento abusivo durou uns dois anos. Queriam que eu fosse submissa. Logo eu (risos)".
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Mãezona preocupada
Todos esses traumas do passado fazem com que a cantora tenha atenção redobrada na criação de seu único filho MC Pablinho, de 20 anos. "Sou mãezona. Eu me preocupo muito, converso muito. Nunca prendi meu filho, mas estou sempre de olho. Pablo cresceu rodeado de mulheres. Na verdade, foi criado pela minha mãe. Na época da Gaiola, Pablo tinha oito meses e cresceu vendo o que a avó passou, o que eu passava e sempre me deu muito apoio. A criança fala e sente contigo. Graças a Deus, ele não é machista, mas se um dia eu ver alguma coisa nesse sentido, não sei nem o que eu faço", brinca ela, orgulhosa do herdeiro. 
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Vítima de fake news
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Com uma carreira poderosa, Valesca não está livre de ser vítima de fake news (notícias falsas). A última foi a que ela estaria falida e, por isso, voltou a morar com a mãe no subúrbio do Rio. Ela desmente a notícia e explica que está com a mãe por conta de um problema de saúde dela. "Essa historia não me incomodou nada. Estou muito feliz de voltar a morar com a minha mãe. Isso é um luxo. A questão é que minha mãe vai operar, está com câncer de mama, e ela pediu pra eu ficar na casa dela. Pertinho dela. E o povo dizendo que eu estava falida... o que mais me incomodou foi que não me feriu, mas feriu a minha mãe. Eu fiquei louca da vida. Não to aqui pra vender esse momento dela, mas estou ótima", conta. 
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