Casos de candidíase são mais comuns no verão, alerta ginecologista - Pixbay
Casos de candidíase são mais comuns no verão, alerta ginecologistaPixbay
Por O Dia
Rio - Com o verão, é comum as mulheres visitarem a ginecologista relatando alguns sintomas, como: corrimento branco, coceira e até mesmo dor e ardência. Esses podem ser sinais de candidíase, ou seja, uma infecção causada por fungos que ocorre no canal vaginal e/ou na vulva. De acordo com Dra. Mariana Conforto, ginecologista e obstetra da Perinatal, o problema acontece através de um desequilíbrio na flora vulvovaginal fazendo com que a cândida, que é um fungo conhecido e presente na nossa flora, cresça mais que o habitual. Esse desequilíbrio pode gerar uma secreção esbranquiçada, sem odor e com uma irritação incômoda.

A médica explica que durante esse período é normal as mulheres irem mais a praia e piscina. Por conta do biquíni úmido, o fungo da cândida se multiplica, o que faz com que seja recorrente queixas durante a estação. “O tecido do biquíni acumula água, deixando o ambiente propício para que o fungo se prolifere. Portanto, durante essa época devemos ter cuidado com tempo que ficamos com as roupas úmidas. Devemos, sempre que possível, trocar e vestir roupas íntimas de algodão. Isso ajuda a equilibrar o ambiente da vagina e vulva”, explica Mariana.

O calor também pode ser um agravante. “Ele pode acentuar o quadro por conta do abafamento”, relata. Segundo a médica, o problema da candidíase é fácil de ser resolvido, mas é necessário procurar ajuda de um profissional para que ele indique o tratamento correto. “Cremes vaginas e comprimidos orais são recomendados nesses casos”. Mariana esclarece que a alimentação também pode ser uma aliada nesse momento. “Uma boa dieta, composta por frutas, legumes e bastante água, ajuda na imunidade e, consequentemente, colaboram na recuperação. Já o consumo excessivo de açúcar pode causar piora da doença”. Ela recomenda que as mulheres tratem a doença antes de ir à praia ou piscina. “É importante tratar antes de se expor a um ambiente que pode desequilibrar de novo esta flora”.

O uso dos absorventes internos e coletores também requer atenção. “Os coletores devem ser lavados e esterilizados adequadamente, pois podem colaborar para o armazenamento e proliferação de bactérias ou fungos”. De acordo com a Mariana, o absorvente interno não deve ser usado por mais de quatro horas.