Rio - Nas últimas semanas, desde o decreto da pandemia em março, muitas informações foram divulgadas por profissionais de saúde e órgãos governamentais. Mas além das fontes oficiais, muitos se depararam com supostos ‘estudos de especialistas’ no Facebook, WhatsApp e afins. E para ajudar pais e responsáveis de bebês e crianças nesses tempos tão confusos e com tantas informações por vezes conflitantes, conversamos com duas pediatras e uma psicóloga para falar um pouco mais sobre os cuidados que devem ser tomados com as crianças.
Um dos temas que mais tem causado dúvidas diz respeito ao uso de máscaras, já que, nas crianças maiores, o protocolo é o mesmo que para os adultos, mas para os bebês até dois anos é diferente, já que podem não conseguir remover a máscara sozinhos e, assim, correm um risco maior de sufocamento. Quanto aos sintomas a serem observados sobre uma possível covid-19, estão os gripais, como tosse, coriza, febre e mal estar, além de desconforto respiratório e diarreia.
No dia a dia, os cuidados das famílias com bebês e crianças devem ser os mesmos que para todos, como respeitar a quarentena sem sair de casa; se sair, usar máscaras e luvas (exceto bebês), manter a distância recomendada de outras pessoas, evitar aglomerações e lugares fechados e não tocar em nada (e, se tocar, lavar bem as mãos com água e sabão e passar álcool em gel); limpar todas as embalagens que chegarem de fora; evitar comer alimentos crus ou mal cozidos (a recomendação é de higienizar todas as frutas e legumes com solução de hipoclorito ou com produtos próprios para esse tipo de limpeza); pelo menos uma vez por dia, lavar com água e sabão e esterilizar regularmente com água quente as chupetas e lavar as mamadeiras antes de cada uso, preferencialmente; limpar todos os dias os brinquedos com água e sabão ou álcool 70; e limitar o espaço em que a criança brinca para que haja a garantia de que, naquele espaço, esteja tudo higienizado.
Outra dúvida bastante comum é sobre o contato das crianças com os animais. “A recomendação é manter a vacinação habitual do animal. Não há evidências de transmissão de coronavírus pelo animal”, esclarece a pediatra Patrícia Rezende, do grupo Prontobaby.
Já em relação às mães que estão amamentando, Danielle Negri, pediatra da Perinatal, faz um alerta importante: “O vírus não passa pelo leite materno. Mães com Covid positivo devem amamentar com máscara e lavar bem as mãos com água e sabão e passar álcool em gel”.
É importante reforçar ainda que, entre os cuidados com as crianças, também devem estar o da preservação do estado emocional delas, já que o período, apesar de ser difícil para todos, é ainda pior para os menores, pois quanto mais novos menos entendem o que está acontecendo. “Este é um momento bastante desafiador para os pais. E é preciso pensar em formas de mostrar para os pequenos o que estamos vivendo sem que fiquem com medo ou ainda mais ansiosos. Use o lado lúdico, dizendo, por exemplo, que precisam ficar em casa para ajudar o planeta; ou que não estão encontrando outros parentes e amigos porque estão todos viajando e em breve vão voltar. Abuse da criatividade para associar o momento a algo que faça seus filhos felizes. Eles precisam ter emoções positivas em casa, no dia a dia, com atividades que gerem alegria, gentileza, amparo, acolhimento, gratidão e sentimento de pertencimento”, pontua a psicóloga Rosangela Sampaio.
A seguir, mais algumas recomendações da médica Patrícia Rezende para ajudar no dia a dia com as crianças nesse período:
1) Respire fundo. As crianças são muito sensíveis à mudança de rotina e as crianças até dois anos ainda não conseguem entender por que de repente pararam de ir até o parquinho ou ao play, ficando frustradas e com energia acumulada que pode se transformar em uma crise de birra;
2) Se bater sol da manhã ou da tarde em algum espaço da casa, tente colocar a criança pra brincar nesse local pelo menos 10 minutos por dia;
3) Invista em atividades sensoriais, os bebês costumam gostar bastante;
4) Cuidado redobrado com a cozinha, banheiro e produtos de limpeza! Evite acidentes domésticos;
5) A SBP não recomenda exposição à telas para crianças abaixo de 2 anos. Porém, caso não tenha alternativa, deixe o mínimo possível e longe do horário do sono;
6) Procurem fazer as refeições juntos, evitando industrializados. Aproveite o momento para, com o exemplo, melhorar os hábitos alimentares;
7) Procurem fazer exercícios físicos juntos. Mesmo sem espaço físico, podemos fazer várias atividades diferentes, como polichinelos e pique parede, que são divertidas para as crianças e ajudam a gastar energia, melhorando a ansiedade;
8) Tente manter o horários das refeições e do sono da criança - isso ajuda na percepção de passagem do tempo para elas e cria segurança;
9) Preste atenção às suas necessidades - lembra que, no avião, sempre aparece que em caso de despressurização da cabine devemos primeiro colocar a nossa máscara e depois ajudar os outros? É exatamente isso. Se você não conseguir cuidar de você, você não conseguirá cuidar bem dos outros;
10) Esse é um período único na história. Por mais estressante que seja para nós, adultos, as crianças podem se lembrar desse momento como uma grande guerra emocional ou como um período em que puderam conviver com os pais de perto e fortaleceram os laços familiares. Depende de cada um!
Um dos temas que mais tem causado dúvidas diz respeito ao uso de máscaras, já que, nas crianças maiores, o protocolo é o mesmo que para os adultos, mas para os bebês até dois anos é diferente, já que podem não conseguir remover a máscara sozinhos e, assim, correm um risco maior de sufocamento. Quanto aos sintomas a serem observados sobre uma possível covid-19, estão os gripais, como tosse, coriza, febre e mal estar, além de desconforto respiratório e diarreia.
No dia a dia, os cuidados das famílias com bebês e crianças devem ser os mesmos que para todos, como respeitar a quarentena sem sair de casa; se sair, usar máscaras e luvas (exceto bebês), manter a distância recomendada de outras pessoas, evitar aglomerações e lugares fechados e não tocar em nada (e, se tocar, lavar bem as mãos com água e sabão e passar álcool em gel); limpar todas as embalagens que chegarem de fora; evitar comer alimentos crus ou mal cozidos (a recomendação é de higienizar todas as frutas e legumes com solução de hipoclorito ou com produtos próprios para esse tipo de limpeza); pelo menos uma vez por dia, lavar com água e sabão e esterilizar regularmente com água quente as chupetas e lavar as mamadeiras antes de cada uso, preferencialmente; limpar todos os dias os brinquedos com água e sabão ou álcool 70; e limitar o espaço em que a criança brinca para que haja a garantia de que, naquele espaço, esteja tudo higienizado.
Outra dúvida bastante comum é sobre o contato das crianças com os animais. “A recomendação é manter a vacinação habitual do animal. Não há evidências de transmissão de coronavírus pelo animal”, esclarece a pediatra Patrícia Rezende, do grupo Prontobaby.
Já em relação às mães que estão amamentando, Danielle Negri, pediatra da Perinatal, faz um alerta importante: “O vírus não passa pelo leite materno. Mães com Covid positivo devem amamentar com máscara e lavar bem as mãos com água e sabão e passar álcool em gel”.
É importante reforçar ainda que, entre os cuidados com as crianças, também devem estar o da preservação do estado emocional delas, já que o período, apesar de ser difícil para todos, é ainda pior para os menores, pois quanto mais novos menos entendem o que está acontecendo. “Este é um momento bastante desafiador para os pais. E é preciso pensar em formas de mostrar para os pequenos o que estamos vivendo sem que fiquem com medo ou ainda mais ansiosos. Use o lado lúdico, dizendo, por exemplo, que precisam ficar em casa para ajudar o planeta; ou que não estão encontrando outros parentes e amigos porque estão todos viajando e em breve vão voltar. Abuse da criatividade para associar o momento a algo que faça seus filhos felizes. Eles precisam ter emoções positivas em casa, no dia a dia, com atividades que gerem alegria, gentileza, amparo, acolhimento, gratidão e sentimento de pertencimento”, pontua a psicóloga Rosangela Sampaio.
A seguir, mais algumas recomendações da médica Patrícia Rezende para ajudar no dia a dia com as crianças nesse período:
1) Respire fundo. As crianças são muito sensíveis à mudança de rotina e as crianças até dois anos ainda não conseguem entender por que de repente pararam de ir até o parquinho ou ao play, ficando frustradas e com energia acumulada que pode se transformar em uma crise de birra;
2) Se bater sol da manhã ou da tarde em algum espaço da casa, tente colocar a criança pra brincar nesse local pelo menos 10 minutos por dia;
3) Invista em atividades sensoriais, os bebês costumam gostar bastante;
4) Cuidado redobrado com a cozinha, banheiro e produtos de limpeza! Evite acidentes domésticos;
5) A SBP não recomenda exposição à telas para crianças abaixo de 2 anos. Porém, caso não tenha alternativa, deixe o mínimo possível e longe do horário do sono;
6) Procurem fazer as refeições juntos, evitando industrializados. Aproveite o momento para, com o exemplo, melhorar os hábitos alimentares;
7) Procurem fazer exercícios físicos juntos. Mesmo sem espaço físico, podemos fazer várias atividades diferentes, como polichinelos e pique parede, que são divertidas para as crianças e ajudam a gastar energia, melhorando a ansiedade;
8) Tente manter o horários das refeições e do sono da criança - isso ajuda na percepção de passagem do tempo para elas e cria segurança;
9) Preste atenção às suas necessidades - lembra que, no avião, sempre aparece que em caso de despressurização da cabine devemos primeiro colocar a nossa máscara e depois ajudar os outros? É exatamente isso. Se você não conseguir cuidar de você, você não conseguirá cuidar bem dos outros;
10) Esse é um período único na história. Por mais estressante que seja para nós, adultos, as crianças podem se lembrar desse momento como uma grande guerra emocional ou como um período em que puderam conviver com os pais de perto e fortaleceram os laços familiares. Depende de cada um!
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