Jacy July - Divulgação
Jacy JulyDivulgação
Por O Dia

Rio - Em tempos de quarentena, um objeto pequeno, eletrônico e bastante versátil tem tornado os dias mais interessantes, nos salvando do tédio e proporcionando contato com a vida lá fora. Através do celular, mais precisamente da internet, os mais de 80 dias de isolamento se tornaram uma oportunidade de se arriscar na cozinha junto com as lives de gastronomia, praticar atividade física vendo os vídeos de quem entende do assunto e ainda impulsionar o próprio negócio através das ferramentas de marketing digital. Essa também tem sido a fase em que pessoas comuns estão se empenhando mais para conquistar seguidores, caprichando nas fotos e abarrotando os stories de vídeos.

Mas como será que os chamados influenciadores digitais estão lidando com esse novo momento onde todo mundo quer seu lugar ao sol? "É uma fase muito delicada, pois a pressão para produzir cada vez mais é sufocante. É preciso se respeitar e entender que é sim necessário se policiar para não cair na armadilha da competição. No mundo atual, os influenciadores possuem falas que podem afetar as pessoas diretamente. Responsabilidade é fundamental. Por esse motivo, é bacana compartilhar informações de fontes confiáveis e dar voz às devidas autoridades em saúde", afirma Jacy July, afrohairstylist que tem mais de 180 mil seguidores no instagram.

Para Alê Barboza, detentor de quase 20 mil seguidores, a pressão é uma péssima companheira na hora de se aventurar pela rede social. "As pessoas que te acompanham tem um olhar apurado, elas conseguem diferenciar o que é verdadeiro do que é forçado. Tentar passar algo na rede social que não condiz com o real é um tiro no pé. Espere ter inspiração e aproveite este momento. Seja inovador e evite ao máximo o famoso 'postar por postar'". Yris Araújo (241 mil seguidores) complementa: "A pandemia me fez estreitar os laços com os meus seguidores. A troca está sendo maior e o tempo livre faz a minha criatividade soltar as asas!"

Pam Nascimento, que começou a produzir conteúdo em 2015 para dividir com seu público o seu processo de transformação enquanto mulher negra, também defende a ideia de que trazer para a web questões que gerem identificação é o caminho para fazer a diferença. "O meu trabalho parte da minha vivência enquanto mulher negra em um país como o Brasil. Sempre houve da minha parte uma busca constante por um resgate da autoestima da mulher negra. Assim, esse público foi chegando cada vez mais e me acompanhando", entrega a baiana com mais de 40 mil seguidores.

Mas, se o objetivo é divulgar um negócio na rede, André Damião (22 mil seguidores), que já trabalha na área há mais de oito anos, tem dicas preciosas. "O primeiro passo é a organização e planejamento. Pesquisas são essenciais, o próprio instagram oferece nas configurações os horários de pico da sua rede. Isso ajuda a ter o timing certo para gerar seus conteúdos. Outra tática legal é ver o que funciona pra você. Por exemplo: eu não fiz nenhuma live até agora durante a quarentena. Não tenho nada contra, mas desenvolvi um outro formato de comunicação que tem bem mais alcance pra mim", finaliza.

 

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