A designer Clau Cicala: cursos durante o tratamento - Gabriel Bertoncel
A designer Clau Cicala: cursos durante o tratamentoGabriel Bertoncel
Por O Dia
Rio - Com o mês inteiro dedicado ao combate e prevenção do câncer de mama, hoje vamos contar a história de duas mulheres que descobriram a doença ainda jovens, mas deram a volta por cima e agora são um exemplo de superação e força feminina!
A empresária Paula Falce, de Juiz de Fora, sabe bem o que é lutar! Aos 36 anos ela descobriu um câncer de mama durante a gravidez da sua filha mais nova, Larissa.
"Saímos de férias e quando voltei fui direto buscar o resultado de uma biópsia no seio direito. Como estava me sentindo mal e com a menstruação atrasada, peguei o exame e fui direto para um ginecologista amigo da família. Com o resultado nas mãos, fiz uma ultrassonografia e lá descobrimos ao mesmo tempo que eu estava com câncer e também grávida de um mês!", conta Paula.
Aos dois meses de gestação, a empresária teve que fazer uma cirurgia para a retirada de toda a mama, já que não era possível fazer a radioterapia por causa da gravidez.
"Foi muito difícil lidar com a doença e a gravidez ao mesmo tempo. Fomos a vários médicos para entender se a gestação reduziria as chances de cura do câncer. Retirei parte da axila para checar possíveis metástases. Mas felizmente estavam todos limpos e pude seguir a gravidez sem tratamento", lembra.
Após o nascimento da filha, ela iniciou o tratamento e atualmente toma a medicação que inibe a reincidência do câncer. A empresária está confiante e mantém uma vida ativa e saudável para amenizar os efeitos colaterais dos remédios.
"Vivo intensamente o presente com uma gratidão enorme pela vida. Tenho convicção que nós somos responsáveis no momento do diagnóstico pela escolha entre vida e morte. A maneira como lidamos com o que nos acontece é que faz a mágica! Ou você se vitimiza, se entrega, se deprime ou aproveita a chance para se fortalecer, crescer e aprender", desabafa Paula.
A designer de estampas Clau Cicala, de São Paulo, também descobriu o câncer de mama jovem, aos 35 anos, dez meses após o nascimento do filho, Luca. Na época ela trabalhava dia e noite, criando novas estampas, fechando parcerias com marcas famosas e fazendo workshops.
Ao invés de se entregar, decidiu se erguer e não ficar parada. Mesmo fazendo quimioterapia, não deixou de trabalhar.
"Não podia mais trabalhar naquele pique todo, estava com filho pequeno, fazendo quimioterapia, enfim, tive que dar um tempo dos workshops e também diminuir drasticamente os trabalhos com meus clientes. Mas uma coisa eu não parei, o meu desenvolvimento nas redes sociais", afirma a designer.
Clau teve então a ideia de fazer diversos cursos on-line sobre marketing e empreendedorismo, e começou a produzir conteúdo para redes sociais, assim transformou seus workshops em cursos pela internet. Quando se viu recuperada da doença, sem precisar fazer quimioterapia, percebeu que estava pronta para retomar a rotina.
"Me sinto feliz com toda minha trajetória de superação! Percebi muitas oportunidades, decidi voltar para o mercado e anunciei que estava disponível nas redes e para alguns contatos. Em poucos dias fechei um trabalho. Olho para trás com compaixão e ternura. Acho importante deixar esse alerta, prevenir é uma das melhores formas de lutar", finaliza.
Vale lembrar que no mundo essa doença mata cerca de 630 mil mulheres por ano. A boa notícia é que quanto mais cedo o diagnóstico, maior é a chance de cura. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o câncer de mama é o que tem maior taxa de cura, de até 95% quando diagnosticado em fase inicial.
Os especialistas afirmam que buscar a felicidade, evitar sentimentos ruins e acreditar que tudo vai dar certo ajuda muito. A positividade é um remédio maravilhoso! E nós, mulheres, somos exemplo disso: superação, resiliência e força!
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