A executiva Thereza Moreno, vice-presidente de Finanças da Prudential do Brasil, luta por mais espaço para mulheres no mercado de trabalhoDivulgação
Por O Dia
Publicado 05/03/2021 22:57 | Atualizado 05/03/2021 22:58
Quem olha para Thereza Moreno hoje, uma matemática simpática que não se nega a explicar as funções de atuária, sua especialidade, nem imagina os desafios que teve de superar para chegar ao cargo de vice-presidente de Finanças da Prudential do Brasil, maior seguradora independente do país no mercado de Seguros. Oriunda da classe média carioca, negra, Thereza estudou toda sua vida em escolas públicas. Por estar entre as melhores alunas da educação básica da zona sul do Rio de Janeiro, foi convidada a ingressar no ensino fundamental no Colégio Pedro II, depois resolveu cursar matemática, sua matéria preferida na escola, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
- Quando entrei na faculdade, tinha muito mais homem que mulher. A matemática, as ciências exatas, de maneira geral, ainda são um campo bem masculino. Embora tenha encontrado mulheres geniais em meu campo de atuação, o mercado de trabalho ainda fecha algumas portas para elas. Toda vez que eu assumia uma área nova, gerenciando algo que não era minha expertise, era questionada: será que você vai dar conta? – destaca Thereza Moreno.
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Ao longo da trajetória na carreira, a executiva relata que já ouviu frases do tipo “você é a única mulher aqui, então finja que é homem”. Nesses episódios ela sempre reforçava que era mulher e que estava ali porque era uma exigência da minha carreira. Ela explica que um maiores desafios é sempre a discriminação.
- Passei por discriminações ao longo da carreira de viés inconsciente, de que se fala muito atualmente. Escutava, respirava fundo e focava no trabalho. O preconceito existe e eu, além de ser mulher, sou negra e senti o preconceito nessas duas pontas, sem dúvida, mas eu tentava olhar para o lado positivo. Fiz isso minha vida toda e adquiri mais conhecimento, que é a grande chave para enfrentar a discriminação – lembra.
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Hoje ela faz uma reflexão permanente sobre a construção das carreiras femininas e é membro do Comitê de Diversidade na seguradora, que tem como objetivo fortalecer e dar visibilidade cada vez mais ao tema. O grupo se reúne quinzenalmente para pensar em ações e projetos que englobem cinco pilares: Gênero, Pessoas com deficiência, LGBTI+, Gerações e Raça/Etnia.
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