Rio - A Intenção de Consumo das Famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), cresceu 1,6% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. Esta é a terceira alta consecutiva do indicador, medido com base na opinião de consumidores brasileiros nesse tipo de comparação. Em relação a fevereiro de 2015, houve queda de 33,2%, o 38º recuo consecutivo.
A maior parte dos componentes da pesquisa registraram alta na comparação mensal, com destaque para a intenção de compra de bens duráveis, que teve aumento de 4,5%. O único subíndice com queda foi Compra a Prazo, que mostrou retração de 1,3% na comparação com janeiro. Segundo a CNC, esse resultado deve-se ao elevado custo do crédito, aliado ao alto nível de endividamento e ao aumento do desemprego.
“A confiança do consumidor parou de cair em janeiro e ensaia alguma melhora. Com avaliações ainda muito desfavoráveis sobre a situação presente da economia e expectativas pessimistas em relação aos próximos meses, ainda é precipitado falar em reversão consistente de tendência, haja vista os fracos resultados recentes do varejo”, explica Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC.
Na divisão por faixas de renda, na comparação mensal, o nível de confiança das famílias mais ricas foi maior e apresentou elevação de 2,3%. Já para quem tem renda abaixo de dez salários mínimos o aumento foi de 1,5%. O índice das famílias com renda acima de dez salários mínimos está em 81,9 pontos, e o das demais, em 78,2 pontos.
Na base de comparação mensal os dados regionais revelam que a maior retração ocorreu na região Sul (-2%), em que o índice permanece abaixo de 100 pontos, em conjunto com todas as outras regiões. A avaliação menos desfavorável ocorreu na região Centro-Oeste, com aumento de 3,1%