Por gabriela.mattos

Minas Gerais - Começa na quinta-feira o 2º Congresso Mundial dos Aposentados, Pensionistas e Idosos. Organizado pela confederação da categoria , o evento contará com entidades de 20 países, incluindo EUA, França, Itália, Inglaterra, Grécia, Espanha, Argentina, Japão e Alemanha. Os debates acontecem no momento em que o governo interino de Michel Temer (PMDB) se prepara para implementar a reforma da Previdência. O congresso será em Araxá (MG).

As atividades vão até o domingo que vem. Será a segunda vez que a confederação organiza o evento. O primeiro foi em 2010, em Brasília. Segundo o presidente da Cobap, Warley Martins (foto), serão discutidos modelos de previdência universal. O objetivo é fundar uma entidade mundial para representar aposentados de todos os países.

O congresso tem apoio do Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical, e da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Anfip). Na abertura, no Cine-Teatro Tiradentes, haverá discurso de Warley, do presidente do sindicato, Carlos Ortiz, e do presidente da Anfip, Vilson Antônio Romero. A Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Rio (Faaperj) também enviará representantes.

A coluna relembra como funciona os sistemas previdenciários de países que vão participar do congresso. Nos EUA, por exemplo, o governo paga aposentadoria e pensões a mais de 57 milhões de pessoas. Para se aposentar, o trabalhador precisa ter pelo menos 65 anos de idade. E para receber o teto, que é de US$ 2.513 (R$8.845,76), o empregado depende do tempo de contribuição e do valor recolhido.

Na Itália, há cerca de 16 milhões de aposentados. O custo com benefícios é de 200 bilhões de euros por ano (R$ 800 bi). A idade mínima é de 65 anos para mulheres e 66 para homens. Na França, após violenta reação de trabalhadores que resultou em greve, o governo mudou a idade mínima para aposentadoria de 60 anos para 62 anos. São cerca de 15 milhões de aposentados e o gasto por ano chega a 250 bilhões de euros (R$ 1 trilhão). É preciso contribuir por 41 anos e meio.

Os aposentados ingleses têm benefícios como descontos de até 50% no IPTU, e nas contas de luz, gás, e telefone. Não pagam para viajar de trem e ônibus. Têm atendimento médico de graça. As empresas possuem incentivos fiscais para investir em previdência privada dos empregados. Atualmente, os ingleses se aposentam aos 65 anos (homens) e, as mulheres, quando chegam aos 61.

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