Por karilayn.areias

Rio - Quem perdeu o prazo para sacar o abono salarial do programa de PIS/Pasep, referente ao ano-base de 2014, terá nova oportunidade para retirar o benefício nos bancos. Os mais de 1,2 milhão de trabalhadores e servidores públicos que não pegaram o valor de um salário mínimo (R$ 880) até 30 de junho poderão fazer o saque de 28 de julho a 31 de agosto deste ano.

Segundo Nogueira%2C a intenção do governo é que 100% dos trabalhadores com direito possam sacarZECA RIBEIRO / ABR

“A bancada dos trabalhadores no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) sugeriu a ampliação do prazo de retirada para que todos fossem contemplados. Conversamos com o núcleo do governo, que foi sensível a essa medida, dada a necessidade de aprimorar esses programas sociais que são muito importantes na vida dos trabalhadores”, informou ontem o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ao anunciar a ampliação do prazo.

Segundo o ministro, 95% dos trabalhadores com direito fizeram o saque do benefício no prazo. Há uma semana, 22,2 milhões haviam feito a retirada, num total de R$ 18,4 bilhões.

De acordo Nogueira, não houve diferença na média de comparecimento dos trabalhadores para saque em relação aos anos anteriores, mas o governo decidiu “inovar” ao prorrogar o prazo. Foi a primeira vez que a União tomou essa decisão.

“A intenção do governo é que 100% dos trabalhadores que têm direito ao abono possam ter a oportunidade de comparecer às agências e retirar o abono”, disse.

O benefício é pago a quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2014 e recebido até dois salários-mínimos por mês nesse período. Empregados da iniciativa privada devem sacar o PIS nas agências da Caixa Econômica Federal. Já os servidores públicos podem retirar o abono no Banco do Brasil.
O trabalhador também precisa estar cadastrado no programa PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Os recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O abono é um dos benefícios pagos pelo FAT, que também custeia o seguro-desemprego, cursos de qualificação profissional feitos em parceria com governos estaduais e participação na receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados.

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