Por karilayn.areias

Rio - Os 310.458 servidores estaduais ativos, inativos e pensionistas vão receber a segunda parcela do salário de maio na próxima segunda-feira. Com a entrada dos R$ 2,9 bilhões da União no caixa do Estado do Rio, ontem, o governo anunciou que pode remanejar verbas do orçamento e pagar o restante da folha de maio ao funcionalismo na segunda-feira. 

O estado creditou em 14 de junho a primeira parte dos salários de maio. Foram pagos R$1 mil e mais 50% da diferença entre o valor líquido dos vencimentos e os R$ 1 mil. Agora, os servidores, que viraram o mês sem a totalidade do salário, contarão com o valor restante dos rendimentos.

O repasse dos R$ 2,9 bilhões do governo federal foi disponibilizado para o governador em exercício Francisco Dornelles (foto) cobrir despesas extras da Segurança Pública com foco na Olimpíada. O montante garantiu alívio nas contas para pagar o restante dos salários.

Com o recurso da União, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, prometeu acertar salários de maio e junho de policiais civis e PMs, além de pagar o RAS de agentes, que não é depositado desde fevereiro. Segundo a pasta, a segunda parcela dos vencimentos de maio dos policiais deve ser paga com recursos do governo federal, o que possibilitou o remanejamento para quitar a folha.  

Crise no estado 1: Folha de junho

Interlocutores do governo afirmam que o estado planeja quitar os salários de junho — a serem pagos no 10º dia útil de julho — integralmente, sem parcelar, conforme publicou a coluna no último dia 24. Segundo fontes, o governo quer evitar protestos na Olimpíada e faz engenharia financeira para pagar também a folha de julho integralmente.  

Crise no estado 2: Defensoria apura

A Defensoria Pública vai apurar relatos de inclusão de servidores estaduais em cadastros restritivos de crédito, e que ficaram com nome sujo, por pegarem empréstimo consignado com bancos conveniados . Cerca de 30 instituições financeiras serão chamadas a prestar esclarecimentos, além da Secretaria estadual de Planejamento e Gestão. 

Crise no estado 3: Repasses aos bancos

Servidores que têm consignado com bancos são descontados no contracheque pelo estado. No entanto, o governo não estaria repassando a quantia às instituições, que incluíram o nome dos servidores no Serasa e SPC. A Defensoria vai apurar a conduta dos bancos, que são impedidos de negativar o nome por decreto da Seplag. 

Crise no estado 4: Ajuda aos bombeiros

O Corpo de Bombeiros publicou, em seu boletim interno da quinta-feira, uma série de medidas para minimizar os efeitos da crise financeira estadual sobre a categoria. Devido à dificuldade de muitos bombeiros de se deslocarem para o trabalho, a corporação suspendeu atividades que não sejam de caráter emergencial.

Crise no estado 5: Viatura para militar 

A norma da corporação autoriza comandantes a disponibilizar viaturas para o transporte de militares. Sem salário, muitos não têm como ir trabalhar. Presidente da ABMERJ, Mesac Eflain comemora a medida: “Orientamos a categoria a comunicar ao quartel a dificuldade. A medida é uma vitória, pois sensibilizou o comando com a situação”.

Crise no estado 6: Protesto de policias

Mesmo com o anúncio de pagamento, policiais civis mantêm o protesto contra os atrasos salariais pelo governo na próxima segunda, no Aeroporto do Galeão. Eles farão passeata às 6h até o terminal com apoio de bombeiros e PMs. “O ato cumpre agenda deliberada em assembleia pela categoria”, diz Fábio Neira, presidente da Colpol.

AINDA SEM ACORDO COM O ESTADO, profissionais da Educação vão fazer assembleia na quarta para decidir os rumos da greve da categoria.

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