Por thiago.antunes
Rio - Pela segunda vez seguida o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou em 0,25 pontos percentuais a taxa básica de juros da economia (Selic).
A taxa, que estava em 14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano.
No mês passado, o comitê também reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em quatro anos. De acordo com comunicado divulgado pelo BC após a reunião de ontem, “a inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida”.
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O Copom destaca ainda, entre outros fatores, que as projeções para a inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e se encontram em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado, segundo o comitê, situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente.
Para 2018, as projeções encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%, nos cenários de referência e mercado, respectivamente.  Além disso, na visão do comitê, os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento.
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Movimentos de ajuste da taxa
Principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, a taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
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Quando o Comitê de Política Monetária do BC aumenta a taxa, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. A medida alivia o controle sobre a inflação.
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Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para controlar a inflação.