Por gabriela.mattos
Brasília - O setor público consolidado (governo central, estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 39,141 bilhões em novembro, informou ontem o Banco Central. O resultado é o pior para meses de novembro desde o início da série histórica, que tem início em 2001.
O resultado fiscal de novembro foi composto por um déficit de R$ 39,876 bilhões do governo central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 421 milhões no mês. Enquanto os estados registraram um superávit de R$ 970 milhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 548 milhões. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 314 milhões.
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O déficit primário do setor público consolidado considerado pelo Banco Central é de R$ 163,9 bilhões para 2016, parâmetro que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2017, o déficit primário consolidado esperado é de R$ 143,1 bilhões. Essas projeções levam em conta um rombo de R$ R$ 170,5 bilhões para o governo central em 2016 e de R$ 139 bilhões para 2017, segundo a Agência Estadão Conteúdo.
Para o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Renato Baldini, as reformas fiscais vão permitir uma melhora gradual nos resultados do governo, mas ponderou que esses efeitos devem ser sentidos no longo prazo.