Por thiago.antunes
Publicado 02/01/2017 23:50

Rio - Mesmo com esperança do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de que 2017 será melhor do que o ano passado, é cada vez maior o clima de insatisfação dos servidores com o seu governo. Desta vez um grupo de bombeiros militares inativos promete se aquartelar por 24 horas a partir das 8h de hoje no Quartel Central da corporação, no Campo de Santana, no Centro do Rio.

O objetivo é protestar contra o atraso de pagamento de pensionistas dos bombeiros que, assim como, grande parte do funcionalismo, ainda não recebeu os benefícios de outubro, além da falta de perspectiva para liberação do 13º.

Bombeiros inativos vão se aquartelar Reprodução Internet

“Tem muita gente conformada com a situação do estado. Temos que despertar a tropa para denunciar esse quadro”, convocou ontem o subtenente Valdelei Duarte, diretor do setor de inativos e pensionistas do Movimento SOS Bombeiros RJ.

O militar garante que o protesto não vai afetar o atendimento à população. “Pelo contrário, se for preciso vamos ajudar nas chamadas que ocorrerem enquanto o protesto durar”, afirma.

De acordo como Duarte, a ideia é chegar hoje pela manhã e só deixar o Quartel Central amanhã. “No interior, convocamos o pessoal para comparecer aos quartéis-sedes das regiões”, diz.

Pezão: '2017 melhor'

Ontem, Pezão usou uma rede social para tentar amenizar os ânimos. Em uma das postagens, afirmou que trabalha “17 horas por dia para melhorar a situação do estado e o que ele mais quer é colocar em dia o salário do funcionalismo. “Com as medidas que vamos tomar com o governo federal, eu tenho certeza e espero ter um ano de 2017 melhor”, escreveu.

Foco deve ser Pezão

O protesto de hoje dos bombeiros não é unanimidade entre a categoria. Mesac Eflaín, presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Rio (ABMRJ), alega que a pressão deve ser feita sobre Pezão e não ter o comando da corporação como alvo. “O foco (dos protestos) deve ser o Palácio Guanabara. É de lá que saem as decisões que nos afetam”, alegou.

Greve dos executivos

A pressão pode aumentar ainda mais sobre o governo. Os executivos-públicos, lotados na Secretaria Estadual de Planejamento, que foi incorporada pela Fazenda, e o pessoal do Meio Ambiente fazem assembleia amanhã, às 9h. Vão decidir se entram em greve por tempo indeterminado. Os executivos-públicos já estão em estado de greve.

Boatos que rondam

O burburinho é cada vez mais forte entre o pessoal da Segurança Pública (Polícia Civil, PM e agentes penitenciários) sobre um possível pagamento do 13º salário do ano passado. Pelo falatório que corre pelos corredores das delegacias e dos batalhões há expectativa de o pagamento ocorrer na segunda quinzena deste mês. O estado, no entanto, nega.

Propostas em pauta

O Sindicato dos Servidores Públicos do Município do Rio (Sisep-Rio) quer marcar reunião com o prefeito Marcelo Crivella logo nos primeiros dias de mandato. A entidade pretende discutir temas na área da previdência, segurança, transformação de celetista para estatutário, vale alimentação e outros assuntos.

Assuntos pendentes

O pedido para a reunião com o novo prefeito do Rio foi enviado ontem no começo da tarde, por telegrama, um dia após Marcelo Crivella tomar posse. O diretor-jurídico da entidade sindical, Frederico Sanches, alega que os assuntos que serão tratados foram deixados em aberto pelo antecessor Eduardo Paes.

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