Por thiago.antunes

Rio - A conta de luz ficará mais barata este mês. É que a Aneel mudou bandeira tarifária de junho porque choveu muito em algumas regiões, especialmente no Sul do país, e a agência, que regula o setor, acionou a bandeira verde, o que significa que não haverá acréscimo na conta. Mas, isto não quer dizer que podemos desperdiçar.

Temos de continuar atentos porque os reservatórios de água não estão transbordando. Ao contrário, o nível está 15% mais baixo do que o registrado no ano passado. Além disso, o período de seca começa logo mais. E aí vem a tempestade, não de chuva, mas de problemas para quem paga conta de energia elétrica.

A conta de luz vem com bandeira verde, vermelha ou amarela. A verde significa que não vamos pagar nenhum acréscimo pelo custo da energia porque o reservatórios das usinas hidrelétricas estão razoavelmente cheios e não precisamos acionar todas usinas térmicas, cujo custo de combustível é elevado.

A amarela é o sinal de alerta, o “fique atento”, e já deixa a nossa conta mais cara. A vermelha indica uma situação ainda mais grave. Pesa mais no bolso. Tem a bandeira vermelha 1, quando pagamos R$ 3 a mais a cada cem kWH. E a 2, que custa R$ 3,50 cada cem kWH.

A vermelha 1 é acionada quando os reservatórios estão baixos, e a vermelha 2 quando as termelétricas, que funcionam com o uso de carvão e custam caro, precisam entrar em operação. As chuvas que caíram no Sul do país não foram suficientes.

No Nordeste, por exemplo, a barragem de Sobradinho, na Bahia, opera com apenas 12,86% da capacidade armazenamento. E o de Três Marias, em Minas Gerais, está com menos de 30% do volume útil. Por isso temos de tomar cuidado para não sair acendendo luzes demais este mês. O consumo de energia elétrica precisa ser sempre consciente.

Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan

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