Por thiago.antunes

Rio - Com a nova política de reajustes dos preços dos combustíveis nas refinarias, a Petrobras vai divulgar os percentuais de correção no site da companhia e nos canais de comunicação aos clientes. Para não ser surpreendido e poder acompanhar a trajetória dos preços, os motoristas e proprietários de veículos poderão acompanhar a variação dos valores na página www.petrobras.com.br/precosdistribuidoras.

Ao acessar o endereço eletrônico, o consumidor vai verificar as correções feitas pela estatal. Lá constam alterações promovidas desde outubro do ano passado.
De acordo com o anúncio feito na última sexta-feira, os preços dos combustíveis sofrerão mudanças, que poderão ser até diárias.

Na segunda-feira, os valores do litro do diesel e da gasolina tiveram o primeiro ajuste após a revisão da política. A gasolina ficou mais cara 1,8% e o óleo diesel 2,7% nas refinarias. A estatal não informou quanto poderia impactar no preço final ao consumidor nos postos.

O advogado André Luiz%2C 45 anos%2C acredita que os reajustes não trarão benefícios para o consumidor Daniel Castelo Branco / Agência O Dia

Segundo a nova política, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras poderá ajustar os valores a qualquer momento, desde que os acumulados por produto estejam, na média, dentro de uma faixa determinada, e entre redução de 7% e alta de 7%.

A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio (Sindcomb), Maria Aparecida Siuffo Schneider, acredita que o novo método será positivo.

“Se a mudança efetivamente funcionar será saudável para o setor porque estimula a concorrência, é positiva para o consumidor que se beneficiará da concorrência. Finalmente teremos uma economia de mercado, de preços que eram livres, mas que não eram tratados desta forma”, avaliou.

O motorista Vagner Braz%2C 47 anos%2C diz que é necessária uma fiscalização sobre os reajustes nos preçosDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

O motorista Vagner Braz, 47 anos, diz que é necessário fiscalizar os reajustes. “Postos de gasolinas são sempre preocupantes, pois nunca têm averiguação de preços. Não sei se essa política vai me beneficiar não”, desconfia.

O servidor Severino Carlos de Santana, 64, também concorda que os repasses precisam ser fiscalizados. “A ideia é interessante, mas não sei se quando os preços realmente caírem os postos vão repassar. Será que isso refletirá nas bombas?”, questiona.

Para o advogado André Luiz, 45, os reajustes não trarão benefícios para o consumidor. “É preciso saber qual será o critério dessa mudança que pode ser até diária. O consumidor vai ficar confuso”, disse. 

Botijão de gás de cozinha mais barato

A Petrobras reduziu em 4,5%, em média, os preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) — gás de cozinha — em botijões de até 13 kg. O reajuste entra em vigor hoje. A última correção ocorreu em 8 de junho. O ajuste foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos.

Segundo a empresa, se for integralmente repassado ao consumidor, a estimativa é que o preço do botijão caia, em média, em 1,5% ou cerca de R$ 0,88 por vasilhame, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

No Município do Rio, segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do botijão está em R$ 57,28. Com a redução passará a R$56,40. Esta alteração não se aplica ao GLP destinado a uso industrial/comercial.
De acordo com a estatal, o repasse da queda de preços para o consumidor dependerá das distribuidoras e revendedoras.

Você pode gostar