Por thiago.antunes

Rio - Médicos peritos do INSS, auditores fiscais da Receita Federal, pessoal da carreira de infraestrutura, diplomatas, oficiais e assistentes de chancelaria, auditores do Trabalho, policiais federais e rodoviários federais, entre outras categorias podem um atraso nas parcelas do aumento salarial previstas inicialmente para sair a partir de janeiro do ano que vem. A postergação poderia ser de janeiro de 2018 para o meio ou o fim do ano que vem, ou para 2019.

Devido ao rombo nas contas de 2018, o governo Temer avalia a possibilidade de adiar o reajuste dessas e outras categorias do funcionalismo público federal. Também devem ser prejudicados peritos federais agrários, pessoal da carreira de desenvolvimento de políticas sociais e o plano especial de cargos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O objetivo do governo Temer é jogar mais para frente o reajuste, que entraria em janeiro, como forma de enxugar despesas no ano que vem. O Planalto informou que a meta fiscal em 2018 foi fixada em um déficit de R$129 bilhões. Michel Temer foi aconselhado a jogar mais duro com funcionalismo federal e vai autorizar o adiamento do reajuste de várias categorias em 2018.

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi afirmou ontem que o governo pode, sim, estudar o adiamento dos aumentos que entrariam em vigor no ano que vem diante das dificuldades financeiras. Segundo ela, a medida estaria em linha com a revisão de despesas obrigatórias. A secretária ressaltou, porém, que ainda não há nenhuma decisão tomada. “É preciso ver as bases legais de se fazer isso”, alegou.

Ela não quis comentar o acerto feito pelo Ministério Público Federal por um reajuste salarial acima de 16% para procuradores.

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