Venda de material de construção é quarto maior gerador de empregos no Brasil. Estefan Radovicz/Agência O Dia
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 05/03/2018 14:22 | Atualizado 05/03/2018 16:06

São Paulo - Janeiro de 2018 apresentou um desempenho 3% maior no varejo de materiais de construção em comparação com o mesmo mês do ano passado. Contudo, a queda foi de 9% em relação ao o mês de dezembro. Os dados são da Pesquisa Tracking mensal da Anamaco.

Ao todo, foram mais de 500 lojistas entrevistados, e - como resultado - o setor de tintas foi o que contou com a queda mais acentuada na comparação com dezembro, chegando a -30%. Em seguida, a queda mais acentuada foi na categoria de revestimentos cerâmicos (-9%) Ainda é essencial apontar que, segundo o estudo, todas as regiões do Brasil indicaram médias negativas em comparação com o mês de dezembro. No Nordeste, por exemplo, as vendas recuaram 16%, seguido do Sudeste, com 9%. No Centro-Oeste a queda foi de 6%, no Sul 4% e no Norte 3%.

De acordo com especialistas do setor, normalmente, o primeiro mês do ano é difícil para o setor de materiais de construção. Além de ser uma época em que as crianças estão em casa por conta das férias, é também nesse período de verão que ocorrem muitas chuvas.

Vale ainda ressaltar que, no começo do ano, os brasileiros recebem os boletos referentes a diversos impostos, como o IPVA e o IPTU, sem contar com as faturas das viagens e das compras realizadas durante as festas de Natal e Réveillon.

Contudo, o setor espera receber um novo fôlego a partir do mês de março, justamente porque realizar uma reforma dentro de casa exige planejamento. Sendo assim, as vendas crescem gradualmente e se fortalecem no segundo semestre, quando as chuvas são menos constantes que na estação do verão.

Apesar de todas essas variáveis, as informações divulgadas revelam que o setor está otimista com as atividades do Governo para os próximos doze meses. Além disso, os empresários do ramo apresentaram uma intenção maior de contratar funcionários no começo de 2018, mesmo que a pretensão de investimentos para o ano seja estável.

Já para fevereiro, nem todos os lojistas do setor de materiais de construção estão, de fato, otimistas. Segundo o estudo, 30% acham que as vendas vão retrair e 32% acham que vão crescer

Contudo, para entidades oficiais, o ramo irá crescer 8,5% sobre 2017, que terminou com um faturamento de R$114,5 bilhões. Para um aumento como esse, especialistas indicam que os fatores relacionados incluem o aumento de emprego, a queda da taxa de juros e também da inflação.

No Brasil, o setor de material de construção conta com mais de 148 mil lojas, representando cerca de 9% do PIB do país. De acordo com especialistas, a cada R$1,00 produzido na construção é gerado R$1,88 na produção geral. O ramo ainda se destaca como o quarto maior gerador de empregos no Brasil e, além disso, remunera mais de 11% a mais que outros setores da economia. De maneira geral, o comércio de material de construção cresceu mais de 8% entre os anos de 2007 e 2014, principalmente incentivado por pessoas que desejam realizar reformas domésticas.

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