.Arte O DIA
Por MARTHA IMENES
Publicado 22/04/2018 03:00 | Atualizado 25/04/2018 16:35

Rio - Com a adoção de pagamento de franquias (taxa extra cobrada para usar o serviço, assim como ocorre em seguros de carros) e de coparticipação em planos de saúde que serão autorizadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS), as clínicas populares podem ser uma alternativa e ajudar o consumidor a gastar menos para manter a saúde em dia. Preços de consultas e exames de imagem, por exemplo, são oferecidos a partir de R$ 60 e R$ 80, respectivamente. O DIA fez um levantamento de valores para ajudar o leitor a economizar na hora de contratar convênio médico. A medida da ANS deve entrar em vigor no fim deste ano e começo de 2019.

Nova no mercado carioca, a empresa gaúcha Docctor Med, que tem uma unidade em Benfica, Zona Norte do Rio, oferece consultas a partir de R$ 60. E no próximo mês está prevista a inauguração de outra clínica em Vila Isabel, na Rua Barão de São Francisco, 299, em frente ao shopping Boulevard. São oferecidas aos pacientes, as especialidades de clínica geral, ginecologia, cardiologia, pediatria, psicologia, odontologia, dermatologia, urologia, reumatologia, medicina do trabalho, medicina da família, oftalmologia, psiquiatria, geriatra, nutrição, otorrinolaringologia.

Os clientes têm ainda exames laboratoriais e de imagem a preços mais em conta. Um hemograma, por exemplo, sai a partir R$ 12 e a ultrassonografia a partir de R$80. A clínica em atendimento fica dentro da Cadeg, na Rua Capitão Félix, 110, sobreloja 1,2,3 e 4.

"O paciente que não tem condições de pagar plano de saúde ou de esperar a saúde pública procura por nós", conta Geílson Silveira, presidente-executivo e fundador da Docctor Med.

Maria José Jesus Ribeiro, 67 anos, aguarda cirurgia há dois anosAlexandre Brum / Agência O Dia

Em maio, os preços das consultas serão promocionais na unidade de Vila Isabel, que cobrará um pouco mais caro que a de Benfica. As consultas sairão por R$ 60 (clínica geral) e especialidades por R$75. Depois os preços mudam para R$ 80 e R$ 90, respectivamente. Haverá especialidades de cardiologia, dermatologia, endocrinologia, fisioterapia, fonoaudiologia, gastroenterologia, ginecologia, medicina da família, medicina do trabalho, neurologia, nutrição, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, psiquiatria e urologia. Exames laboratoriais, de imagem e ultrassonografia terão o mesmo patamar de preços praticados em Benfica.

"Antes de aderir a qualquer plano, seja ele popular, de clínica ou convencional, é preciso procurar referência sobre o convênio que pretende contratar e se ele tem autorização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para funcionar", alerta Marcelo de Souza, da Flap Corretora de Seguros, que fica no Centro do Rio.

OUTRAS OPÇÕES NO MERCADO

Outra opção no mercado do Rio é a MedicMais, que tem uma unidade na Taquara, na Estrada do Tindiba 2.625, onde são oferecidos exames a partir de R$ 5 e consultas a R$ 90, em média. Entre as especialidades estão cardiologia, clínico geral, dermatologista, neurologia, nutrição, ortopedia, fisioterapia, pediatria e odontologia.

E na última quarta-feira foi inaugurada outra clínica da marca em Niterói, na Rua General Andrade Neves 118, em São Domingos. Na unidade, que tem consultas a preço médio de R$ 90, são encontradas as mesmas especialidades da unidade da Taquara, inclusive exames laboratoriais. O teste de glicemia, por exemplo, custa R$ 5, já o hemograma completo, R$ 12; o de hepatite C, R$ 39 e o ultrassom bilateral das mamas, R$ 180.

Cobertura e credenciados devem ser pesquisados
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Empresas não querem limite de cobrança adicional
A nova resolução que a Agência Nacional de Saúde (ANS) vai publicar, que permitirá que as operadoras de planos de saúde cobrem franquia - taxa adicional como em seguros de carros -, pode "dar pano pra manga". Isso porque os planos de saúde não querem limites na cobrança. As empresas também são contra oferecer pacote mínimo de serviços gratuitos aos clientes, com exceção para doenças crônicas.
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Pelo que propõe a ANS, a franquia terá o preço equivalente ao valor do plano contratado, que não pode ultrapassar o dobro da mensalidade. Se esta é de R$ 400, por exemplo, o total da fatura, incluindo o adicional, não pode passará de R$ 800, no mês, chegando a R$ 4,8 mil em um ano. A limitação de valores contraria as administradoras de planos.
Na avaliação do diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), José Cechin, tanto a franquia quanto a coparticipação vão funcionar como moderadores do uso do plano de saúde, combatendo desperdícios. O que é contestado pela pesquisadora em Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete, que alerta para possíveis prejuízos com a proposta da ANS.
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"A franquia e a coparticipação são fatores para inibir o uso do plano de saúde para os consumidores. Isso propicia uma maior economia para a operadora", afirmou. "Esses mecanismos não são vantajosos, especialmente para quem precisa de cuidado constante, como idosos ou doentes crônicos", acrescentou ela. "Aconselhamos que o consumidor preste muita atenção na hora de contratar", diz.
A nova proposta regulamenta também o sistema de coparticipação, que já é usado por muitos convênios médicos.
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