Rio - Um dos concursos mais esperados do momento é o do INSS, que padece com a carência de mais de 16 mil servidores em todo país. A carência faz com que segurados tenham seus atendimentos marcados para quatro ou até seis meses depois do agendamento, sem contar as longas filas nos postos da Previdência Social.
Ciente da falta de funcionários, o próprio INSS fez uma nota técnica alertando ao Ministério do Planejamento sobre a necessidade de contratação de pessoal. E outro documento do instituto já está em andamento, faltando apenas divulgação.
No encaminhamento, o INSS alerta o Planejamento sobre o déficit de servidores e pede a contratação de 16.548 funcionários. Desse total, 13.904 seriam chamados por meio da abertura de concurso público, agora em 2018, enquanto outros 2.644 convocados da última seleção, promovida em 2015, e que tem validade até agosto deste ano.
Dados da nota técnica apontam que quase cinco mil servidores já possuem condições de se aposentar no INSS, sendo 4.600 técnicos. E aponta ainda que em todo país existem 1.613 postos. Destes, 321 têm de 50% a 100% do quadro de pessoal em condições de pedir aposentadoria.
CAPACIDADE REDUZIDA NO RIO
No Rio, as gerências-executivas Centro e Norte, que concentram 29 agências da Previdência da capital, trabalham com 30% e 40%, respectivamente, da capacidade, segundo informou uma fonte do instituto ao DIA. "Na gerência Norte, por exemplo, eram cerca de 450 servidores, e esse ano caiu para 390. A tendência é reduzir mais", acrescenta a fonte, que pediu anonimato.
Para tentar minimizar o problema, o instituto deu um gás na implantação do INSS Digital, que visa desafogar as agências e diminuir o tempo de agendamento e de atendimento. Os números do programa, que começou de fato no fim de abril, ainda não foram divulgados.
Procurado, o INSS informou que o instituto solicitou a recomposição da força de trabalho ao Planejamento.
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