Técnicos do ministério da Economia apresentaram o texto da proposta de Reforma da Previdência em 20 de fevereiroMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 20/02/2019 15:28 | Atualizado 20/02/2019 15:29

Brasília - O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que os servidores públicos com salários mais altos têm condições privilegiadas e podem contribuir com um esforço maior na reforma da Previdência.

"Dentro da realidade, tem pedido de dar um esforço maior nesse processo de reequilíbrio maior", disse Marinho. "Conversamos com associações de servidores públicos, todos têm de contribuir". Durante a tramitação da reforma da Previdência do ex-presidente Michel Temer, os servidores públicos, principalmente, foram a maior força de oposição no Congresso.

Marinho deixou claro que o governo está preparado para negociação. "Estamos aguardando o processo de negociação", disse ele, ressaltando que o princípio da proposta é fazer com que quem ganha mais contribua com mais.

As alíquotas de contribuição do INSS serão reduzidas para até 70% daqueles que contribuem hoje com a Previdência, caindo de 8% para 7,5%. Ele informou ainda que as alíquotas terão uma escala crescente, a exemplo do que ocorre com o imposto de renda. "Quem estiver no teto do serviço público e também do funcionalismo, acima do teto, pagará 22% de alíquota", disse.

O texto apresentado nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados propõe idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com contribuição mínima de 20 anos. Nessa proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de contribuição.

O secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, defendeu que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência ataca o problema da desigualdade e os privilégios: "de uma forma muito forte, determina que quem ganha mais vai contribuir mais e quem ganha menos vai contribuir com menos", declarou.

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