Paulo Guedes, ministro da Economia - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Paulo Guedes, ministro da EconomiaFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta terça-feira durante evento com prefeitos em Brasília, que a situação financeira apertada dos entes federativos é "algo sistêmico". "Se fosse um prefeito apertado e um governador apertado, você diria que seria um caso de má gestão. Mas estão todos apertados", afirmou Guedes. "Se Estados e municípios estão muito apertados financeiramente, é porque há algo sistêmico", disse.

Guedes voltou a defender a ideia de que a concentração de recursos no governo federal corrompeu a política e estagnou a economia. Segundo ele, os orçamentos podem até ser formulados em Brasília, mas a execução tem que ser descentralizada. "Execução é com governadores e prefeitos", afirmou.

O ministrou exemplificou ainda que, em países mais avançados, municípios geralmente cuidam de assuntos ligados à saúde e à educação, enquanto Estados tratam de rodovias. No caso da área de defesa, a responsabilidade é federal. "Tudo que o município pode fazer, ele faz", afirmou.

Guedes defendeu ainda que nenhum presidente da República pode ter tanto poder. "O poder tem que ser limitado e descentralizado", disse.

Antes da fala de Guedes, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, afirmou que o ministro, ao falar do novo pacto federativo, "criou uma expectativa enorme com os prefeitos".

No início de sua fala, Guedes citou o slogan "Mais Brasil, menos Brasília", que fez parte da campanha do presidente Jair Bolsonaro. Guedes foi aplaudido pelos prefeitos. Ao mesmo tempo, o ministro alertou que iria para São Paulo encontrar um grupo de "10 ou 20 artistas" que querem apoiar a reforma da Previdência.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa nesta terça-feira da 21ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, conhecida como Marcha dos Prefeitos. Pela manhã, estiveram presentes ao evento o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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