Rio - Deputados envolvidos nas negociações para alterar pontos da Reforma da Previdência do governo Bolsonaro ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dizem que as conversas com o governo teriam apaziguado os ânimos do Centrão para a votar parecer da proposta na terça-feira. Conforme parlamentares ouvidos pela Agência Estadão Conteúdo, há avanços para a retirada de quatro pontos do relatório. As alterações, segundo o governo, não impactam a força fiscal da PEC 6, que pode economizar R$ 1,1 trilhão em uma década.
Mesmo com o início do feriadão, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, manteve conversas com integrantes da CCJ. Os partidos do Centrão esperam que o relator na comissão, Marcelo Freitas (PSL-RJ), retire os chamados "jabutis" (itens sem relação com Previdência): fim do pagamento de multa do FGTS a aposentados, possibilidade de se alterar a idade máxima da aposentadoria compulsória para ministros do STF por projeto de lei complementar, exclusividade da Justiça Federal do DF para julgar processos contra a reforma e dispositivo que garante somente ao Executivo propor mudanças na Previdência.
DESIDRATAÇÃO DA PEC
Centrão e oposição, no entanto, queriam desidratar ainda mais a proposta, retirando a restrição ao pagamento do abono salarial e itens da chamada desconstitucionalização, o que poderia comprometer a economia pretendida pelo governo. De acordo com o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO) está tudo certo para votar a reforma na terça, quando a sessão está marcada para as 14 horas.
O líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO), no entanto, ressalta que ainda não há consenso definido. "Está em construção o que pode vir a ser alterado no parecer", declarou.
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