Após protestos, governo destina parte da reserva orçamentária para a educação
Dinheiro será usado para evitar novos cortes nos ministérios após a perspectiva de queda da economia: projeção de crescimento de PIB caiu e estimativa para inflação aumentou
Por Agência Brasil
Brasília - A equipe econômica usou parte de uma reserva de emergência criada no fim de março para evitar novos cortes no orçamento da educação e de outros ministérios.
Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia, o governo decidiu usar R$ 1,64 bilhão da reserva para recompor as verbas dos Ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente (MMA). O MEC ficará com R$ 1,588 bilhão e, o MMA, com R$ 56 milhões. O governo decidiu queimar ainda R$ 2,167 bilhões da reserva para evitar contingenciamentos adicionais em outros órgãos do Executivo.
Com a medida, a reserva de emergência foi reduzida para R$ 1,562 bilhão. Essa será a gordura que o governo terá para evitar um corte de gastos adicional no Orçamento no próximo relatório, no fim de julho.
Originalmente, o governo teria de cortar R$ 2,181 bilhões do Orçamento por causa da revisão para baixo do crescimento da economia.
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A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,2% para 1,6%, e a estimativa para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltou de 3,8% para 4,1% em 2019.
Ao queimar as reservas, no entanto, o governo evitou o bloqueio no Poder Executivo. Apenas os Poderes Legislativo, Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União sofrerão bloqueio de verbas, totalizando R$ 14,62 milhões.