Marcelo Ramos, presidente da Comissão Especial:  depende de acordo - reprodução
Marcelo Ramos, presidente da Comissão Especial: depende de acordoreprodução
Por MARTHA IMENES
Rio - O relatório da Reforma da Previdência, em tramitação na Comissão Especial da Câmara, deve ser apresentado nas próximas duas semanas. Ou seja, dentro do prazo, que é 15 de junho. Essa é a expectativa do presidente Jair Bolsonaro. Mas no que depender dos parlamentares esse prazo pode ser mais alongado.
Ontem o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que a data de votação da proposta no colegiado dependerá do ambiente político e do nível de acordo que for obtido para o texto. Segundo o deputado, não adianta tocar o parecer na comissão se a proposta não contar com os 308 votos necessários para ser aprovada no plenário da Câmara.
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Outro ponto que deve atrapalhar os andamentos dos trabalhos na Câmara é a questão de estados e municípios. O relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), admitiu retirar a questão dos entes do texto, mas a decisão encontrou resistência não só de governadores e prefeitos, que querem continuar na reforma, como também do próprio presidente.
Bolsonaro, inclusive, reconheceu que o debate sobre a Reforma da Previdência tem um desgaste, especialmente no que diz respeito à inclusão dos estados e municípios, mas se diz confiante na aprovação.
Na outra ponta, 25 governadores divulgaram uma carta de apoio à manutenção de servidores de estados, Distrito Federal e municípios na proposta. Deputados têm feito pressão para que o trecho fique de fora do texto porque parte deles não quer arcar com o desgaste político de aprovar uma matéria considerada impopular. Segundo o relator da reforma na comissão especial, Samuel Moreira (PSDB-SP), a Casa está "bem dividida".