Rio - A maioria dos trabalhadores brasileiros não se prepara para ter uma renda extra após a aposentaria. Pesquisa da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) aponta que 81% dos entrevistados dependem exclusivamente do benefício do INSS quando param de trabalhar, enquanto apenas 19% têm planejamento para alcançar os seus objetivos. O levantamento revela ainda que apenas 16% dos colaboradores ouvidos são capacitados financeiramente, ou seja, conseguem pagar suas contas com a remuneração mensal e planejam seus gastos com antecedência.
É muito simples investir: basta escolher uma plataforma de investimentos. Há cotas a partir de R$ 30. O Tesouro Direto é tão seguro quanto a poupança. A modalidade IPCA oferece rendimento de acordo com a taxa básica de juros, porém, protegendo da inflação, o que significa ter um ganho real no futuro. Caso o investidor mude de planos e queira resgatar o dinheiro antes do prazo do título, ele pode correr o risco de resgatar menos do que aplicou, pois este tipo de título varia de acordo com o mercado. Por isso, é importante o planejamento financeiro.
O investimento pode ser uma boa alternativa para os mais conservadores. Em alguns casos, pode ser mais arriscado, mas oferece uma boa rentabilidade em relação à poupança e pode ter uma baixa taxa de administração. Para investir é preciso procurar uma corretora ou um banco que ofereça essa opção. Nos últimos 12 meses, a rentabilidade do fundo de renda fixa ficou em torno de 5,3%. Caso você encontre um fundo com uma taxa de administração pequena (menos de 1%) é possível ter um ganho ainda maior. É importante ficar atento a estas taxas.
Os fundos aplicados fazem muito sentido quando falamos de um investimento para longo prazo. O mercado financeiro é muito dinâmico, então o que está bom hoje não necessariamente estará bom daqui a 5 anos. É possível investir nos fundos imobiliários através de corretora. Vale ter cuidado com as oscilações do valor da cota. É uma aplicação indicada para o investidor de perfil moderado. Entre as vantagens está o fato receber mensalmente proventos isentos de Imposto de Renda (IR), além do potencial de valorização da cota do fundo.
O robô é uma empresa (fintech) que aloca o dinheiro do investidor em uma carteira personalizada de acordo com o objetivo da sua reserva financeira. Para a aposentadoria, é uma grande oportunidade de construir um patrimônio de acordo com o que deseja para o futuro. Quem quer investir precisa abrir uma conta na empresa escolhida. Há opções com depósitos a partir de R$ 100. Como é um serviço novo no mercado e uma parte do patrimônio é alocada em renda variável, os robôs são indicados para investidores com perfil de moderado a arrojado.
O investimento em ações está atrativo neste momento de bolsa em alta. Comprar uma ação é bem simples, assim como o fundo imobiliário ou previdência privada, basta ter um cadastro em uma boa corretora de valores e comprar através do Home Broker. Para quem não sabe como escolher as ações de sua carteira, o melhor caminho é optar por alguns fundos de ações que contemplam o investimento em várias. Como se trata de renda variável, o ativo é recomendado para investidores com perfil arrojado ou agressivo.
As aplicações em previdência privada têm crescido, conforme levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprev). Segundo levantamento, as reservas dos planos de previdência privada aberta totalizaram R$ 857,9 bilhões no primeiro trimestre de 2019, volume 10% superior em relação a igual período do ano anterior.
A diferença está no benefício fiscal. No primeiro, o Imposto de Renda só vai ser descontado no resgate ou do que for recebido ao fim do plano. E quem faz declaração completa do IR pode deduzir gastos de até 12% da renda.
As aplicações não deixam de ser possibilidade de reserva financeira para daqui a 30 anos. Porém, as taxas de administração, carregamento e de resgate, por exemplo, podem comprometer o rendimento e acabar tornando a previdência privada não muito atrativa.
E com a perspectiva de Previdência deficitária no curto prazo, conforme diz o governo, como proceder? Para o economista Gilberto Braga, professor do Ibmec e da Fundação D. Cabral a alternativa é organizar as finanças para eliminar "ralos" e investir, mesmo que seja pouca grana para ter um dinheiro no futuro. Os títulos do Tesouro Direto tiveram rendimento recorde e remuneraram melhor os investidores. Em maio foram distribuídos R$ 9 bilhões para 122 mil investidores.