O Comperj fica em Itaboraí - Divulgação
O Comperj fica em ItaboraíDivulgação
Por MARTHA IMENES

Rio - As perdas do Município de Itaboraí provocadas pela paralisação das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em 2015 serão, em parte, reparadas pela Petrobras, que acenou com R$ 7,5 bilhões via Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Mas por que em parte? Porque o prejuízo estimado com a paralisação das obras chega a R$ 14 bilhões, segundo informou o deputado Luiz Paulo (PSDB), que preside uma CPI na Alerj que investiga a crise fiscal fluminense.

O gerente-geral de implementação e empreendimentos da Petrobras, Alessandro Costa Mello, afirmou na CPI realizada na segunda-feira que a companhia está prestes a terminar de analisar o termo e ele deve ser assinado em até 60 dias. "Nós estamos num processo de busca para os entendimentos finais sobre o acordo. A minuta está em tramitação interna e esperamos assinar o TAC entre julho e agosto deste ano", contou.

A compensação é vista com bons olhos pelo prefeito de Itaboraí, Dr.Sadinoel, que afirmou que a cidade sofreu grande impacto devido à paralisação dos investimentos do Comperj. "Nós tivemos o maior desemprego do Brasil em Itaboraí. Foram 30 mil empregos jogados no lixo entre 2014 e 2015", disse.

Essa compensação, informou o prefeito de Itaboraí ao DIA, representa a volta de investimentos para o município, e com isso melhorias em áreas importantes, como Saúde, Educação e Infraestrutura. Além de geração de novos empregos e aquecimento da economia local.

Para o deputado Luiz Paulo, a assinatura do acordo é resultado da avaliação de todos os prejuízos causados pela crise do Comperj. "O TAC é resultado da avaliação de todos os prejuízos econômicos, ambientais e sociais que a paralisação das obras do Comperj gerou no Estado do Rio de Janeiro. O TAC traduzirá esse prejuízo em números e investimentos", analisou.

Outro investimento anunciado pelo gerente-geral da Petrobras foi a possibilidade de uma unidade de refino também fazer parte dos empreendimentos do Comperj. Costa Mello informou que os estudos de viabilidade, realizados em conjunto com a companhia chinesa CNPC (China National Petroleum Corporation), devem ficar prontos no segundo semestre desse ano. "O estudo está em andamento com a previsão de conclusão para setembro de 2019", informou.

Entre os planos avaliados para o Comperj, o mais distante, segundo Costa Mello, é o projeto para o desenvolvimento da usina termelétrica, anunciada pela estatal em abril deste ano. Os estudos ainda estão em fase preliminar e sua realização ainda não possui previsão concreta. "A Petrobras esclarece que os estudos para a realização de uma termelétrica ainda são preliminares e não há uma decisão sobre o tema. Haverá disponibilidade de gás, então existe a possibilidade de termos uma termelétrica no Comperj, mas os estudos são embrionários", acrescentou.

Segundo Luiz Paulo, o ideal seria ter tanto a refinaria, quanto a termelétrica integradas ao Comperj.

 

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