Rio - A Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj) estuda criar um sistema de tutoria para treinar e capacitar empresas associadas com base no código de ética e compliance, que se refere ao dever de estar em conformidade com atos, normas e leis, para o efetivo cumprimento. Durante o seminário para tratar de programas de integridade no ambiente das pequenas e médias empresas ontem, o presidente-executivo da entidade, Luiz Fernando Santos Reis, afirmou que pretende aprimorar essas práticas. Para ajudar no processo, ainda neste ano, a Aeerj promoverá mais dois eventos para conscientização das empresas.
"Vemos a possibilidade de a Aeerj ser um canal de ética para associados, para atender e engajá-los nos códigos e princípios. Temos em vista aprimorar e realizar treinamentos, pois entendemos que não há caminho fora disso. Precisamos que seja internalizado e conscientizado pelas empresas e para se torne uma realidade", afirmou Santos.
O seminário, que contou com a participação de Carla Arêde, auditora federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU) Regional do Rio, e Antonio Carlos Nóbrega, assessor especial na Controladoria-Geral do Estado e conselheiro do Coaf, debateu questões de integridade no ambiente das pequenas e médias empresas e aplicação da Lei Anticorrupção.
Para Carla, as empresas devem usar a integridade como ferramenta de prevenção. "É importante adotar 'Selo Pró-Ética', um reconhecimento de que atuam com integridade", explica. Segundo Nóbrega, com a Lei Anticorrupção, se cria estímulos de incentivos e mecanismos de integridade. "Aqui no Rio, estão sendo vistos os primeiros passos para mudança de cultura", afirmou.
