A senadora Simone Tebet (MDB-MS) prevê 60 dias para votação - Roque de Sá/Agência Senado
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) prevê 60 dias para votaçãoRoque de Sá/Agência Senado
Por MARTHA IMENES
A Reforma da Previdência parece dividir o Congresso. Enquanto na Câmara o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma que estados e municípios ficaram de fora do texto-base da PEC 6 porque, segundo ele, alguns deputados do Nordeste trabalharam contra, o Senado estuda incluir os entes por meio de proposta de emenda constitucional paralela. A iniciativa estaria sendo costurada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da reforma na Casa.
A ideia de Jereissati seria fazer alterações apenas na nova PEC para não ter que devolvê-la à Câmara a proposta original, caso sofra modificações no Senado.
"A decisão (de tirar os entes da PEC 6) foi política, corríamos o risco de não aprovar nada", chegou a afirmar Maia. Após ser aprovada em primeira votação, a PEC 6 deverá ser votada em segundo turno dia 6 de agosto na Câmara.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), disse ontem que considera o prazo de 45 dias "muito otimista", e que prevê 60 dias para que os senadores analisem a proposta.
Rediscussão
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou ontem que em até seis anos a Previdência terá que voltar a ser discutida, uma vez que a reforma no Congresso está encaminhada, mas "não da forma como nós, do governo, gostaríamos". A declaração foi feita em evento no Rio, após o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), avaliar ser possível votar a reforma na Casa até dia 5 de setembro.