Por DINHEIRO RURAL

Ele parece ter sido banhado a ouro. Parado sob a luz do Sol, pode perfeitamente ser confundido com uma estátua dourada, graças à sua coloração e porte imponente. Assim é akhal teke, um dos cavalos mais lindos e fascinantes do mundo. Os especialistas na raça acreditam que os primeiros exemplares tenham surgido há cerca de 3 mil – época em que não há registros da existência de cavalos de raças modernas –, na região onde hoje fica o Turcomenistão, país de 5 milhões de habitantes, fincado na Ásia Central. Os registros mais antigos dão conta de que esses animais foram domesticados e treinados pelos Teke, povo nômade e guerreiro. Daí, o nome da raça.

Além da coloração dourada do pelo, o akhal teke tem outra característica que o torna um animal quase mítico. É o que os estudiosos chamam de “pelagem metálica”: o pelo muito fino e colado ao corpo do animal causa a impressão de ser uma fibra de metal. Acredita-se que essa característica tenha sido uma evolução da raça, para favorecer sua camuflagem nos tons dourados do deserto asiático. Podendo chegar a quase 1,70 metro de altura, o akhal teke é ágil, vigoroso e capaz de percorrer longas distâncias. Por se desenvolver numa região pobre em recursos naturais, a raça também tem a resistência como uma de suas qualidades. Há relatos antigos de animais que chegaram a percorrer mais de 4 mil quilômetros, em cerca de 80 dias (média de 50 km por dia), sendo 400 km em deserto e com ração pífia de alimento e de água. Por tudo isso, no passado a raça era muito utilizada em guerras e atualmente participam de competições esportivas, principalmente salto e corrida.

Hoje, a beleza física e o tom dourado são as características mais marcantes do animal. O curioso é que para seus primeiros criadores nada disso tinha muita importância. Para o povo teke, o que realmente valia eram a força, a agilidade e a resistência da raça. No início do século 20, a Ásia Central foi dominada pelos soviéticos, que fizeram vários cruzamentos de outras raças com o akhal teke, dando início ao que seria o fim da raça original. Atualmente, acredita-se que há nenhum exemplar totalmente puro. A última égua morreu em 1991e o último garanhão, em 7 anos depois. De qualquer forma, a beleza imponente do akhal teke se mantém até hoje, encantando o mundo com sua pele brilhante, seu vigor físico e a fama de “cavalo dourado”.

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