Júlio BuenoReprodução
Por MARTHA IMENES
Rio - O valor de venda de fatia da BR Distribuidora por US$ 2,5 bilhões, comemorada por operadores do setor, foi mais barata que o negócio que resultou na venda do Copacabana Palace à holding LVMH, dona da Louis Vuitton, por US$ 3,5 bilhões. Embora deva ser resguardada a devida proporção do negócio, aponta Julio Bueno, ex-secretário de Fazenda do Rio.
A Petrobras negociou 30% da BR Distribuidora com 160 investidores estrangeiros e ficou com 37%. A BR detém 30% do mercado de combustíveis e lubrificantes e mais de 8 mil postos. E agora o que acontece? Para especialistas a privatização da subsidiária vai contribuir para ampliar a competição no comércio de combustíveis, apesar de não mexer estruturalmente no mercado. A avaliação é do professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Edmar Almeida.
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"Um agente integrado tem sempre maior poder de fogo do que o que não é integrado. O que muda é a percepção de risco por parte dos agentes que operam no segmento da revenda", analisa.
Mas para Julio Bueno, que foi presidente da BR Distribuidora, o negócio vai na contramão do mercado. "Suponhamos que a Petrobras vai vender parte do refino. Se isso ocorrer ela vai concorrer e como conhecerá o mercado se não tiver uma distribuidora?", questiona Bueno. Ainda há questionamentos sobre como a BR vai contribuir com a estratégia de negócios. "O que é um fato é que a BR é um bom negócio", acrescenta Almeida.
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