Publicado 10/08/2019 08:00 | Atualizado 10/08/2019 10:23
Mesmo com a aprovação da Reforma da Previdência no Congresso, os gastos com o pagamento de aposentadorias e pensões do INSS vão crescer R$ 40 bilhões em 2020, afirma o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. Do lado das despesas, ele defende outras medidas, como a suspensão dos concursos e o congelamento de salários dos servidores públicos.
Para reforçar os cofres, Mansueto diz contar com as vendas de participações dos bancos públicos, além do repasse de parte dos lucros. "O projeto de Orçamento de 2020 (o primeiro do presidente Jair Bolsonaro) vai refletir um país que ainda tem um problema fiscal muito sério, apesar da aprovação da Reforma da Previdência", afirmou.
Apesar disso, o secretário avalia que haverá cumprimento do teto de gastos (que impede que despesas cresçam em ritmo superior à inflação). "A reforma modifica a velocidade de crescimento da despesa com Previdência. A economia vai aumentando ao longo dos anos.
No primeiro ano, é muito pequena. A despesa com Previdência vai crescer mais de R$ 40 bilhões em 2020 mesmo com a reforma. Não é suficiente para cumprir o teto do gasto. O governo vai ter que adotar outras medidas", disse.
De acordo com Mansueto, nos próximos três anos, não haverá espaço para concursos públicos anuais. "Eventualmente, poderá haver para repor algumas vagas por vacância de funcionários públicos que se aposentaram. Nos últimos anos, funcionários públicos tiveram aumento salarial, todos acima da inflação. Não haverá espaço para aumentos generalizados", afirmou.
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