Fila de emprego Arranco de Engenho de Dentro, na Rua Adolfo Bergamine, no Engenho de DentroReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia

Mais de 3,3 milhões de desempregados procuram trabalho há no mínimo dois anos. Esse número representa 26,2% (cerca de 1 em cada 4) dos desempregados no país no segundo trimestre. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem pelo IBGE.
Esses números são os maiores para um trimestre desde 2012, de acordo com o IBGE. Em um ano, houve acréscimo de 196 mil no contingente de pessoas à procura de emprego há dois anos ou mais. No total, o desemprego no país recuou de 12,7% para 12% no trimestre, mas ainda atinge 12,8 milhões de trabalhadores.
"A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas têm crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos", avalia a analista da Pnad Contínua, Adriana Beringuy.
A taxa de desemprego média no país foi de 12% no segundo trimestre. O índice caiu em relação ao primeiro trimestre (12,7%) e na comparação com o mesmo período do ano passado (12,4%), mas ainda atinge 12,8 milhões de pessoas.
Desalentados
O longo período de procura por emprego é um dos fatores que, segundo o instituto, ajudam a explicar o desalento - quando o trabalhador desiste de procurar emprego. No segundo trimestre, o país tinha 4,9 milhões de desalentados, a maior parte na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil pessoas).
Esse contexto, diz o IBGE, também influencia a informalidade em um mercado de trabalho composto por 19,4 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), 11,5 milhões de empregados sem carteira assinada e 873 mil de empregadores sem CNPJ.

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