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Por ISTOÉ ECONOMIA

Tem nome o maior fantasma da história de 20 anos de sucesso — mas ainda não de lucros — do Uber: AB 5. Trata-se de uma lei sendo discutida na Califórnia que, na prática, transforma os motoristas que prestam serviços ao aplicativo em funcionários.

O Uber tem um modelo de negócios baseado em um exército de pessoas sem vínculo formal com seu empregador. Nada diferente das multidões de mulheres da Natura ou Yakult. São trabalhadores que muitas vezes se dedicam apenas aos serviços do aplicativo, e não como atividade suplementar. Até porque quase a totalidade diz que sem dedicação extensiva o dinheiro no fim do mês não seria suficiente para as contas.

A reação a lei por parte da Uber, da sua concorrente Lyft e da Door Dash, um serviço de entrega, foi se comprometer a produzir uma proposta contendo um pagamento mínimo, planos de saúde e a liberdade de orgfanização (uma associação de funcionários, em moldes sindicais). Caso a lei seja aprovada na Califórnia ela pode ter efeito dominó pelos demais estados americanos e pelo mundo. Porque além de, supostamente estar preocupado com as condições dos motoristas, ao Estado isso significará uma montanha de recursos em forma de tributos.

Uber, Lyft e Door Dash devem tentar, caso a derrota política seja iminente, uma solução intermediária e propor a criação de uma lei que não trata os motoristas nem da maneira atual nem como empregados formais.

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