Sede da companhia também é alvo da operação - Cedae / Divulgação
Sede da companhia também é alvo da operaçãoCedae / Divulgação
Por Larissa Esposito*
Rio - Depois do susto com a notícia de que a conta de água ficará 4,8% em outubro, os moradores do Rio podem ter alívio no valor tarifa sobre o serviço de abastecimento. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) vai deixar de cobrar a taxa mínima de consumo nos 64 municípios que abrange, com isso haverá uma queda de 60% no valor. Cerca de seis milhões de pessoas serão beneficiadas com essa medida até dezembro.
A mudança prevê, prevista em lei que impede a cobrança de consumo mínimo, apenas uma tarifa pela disponibilidade do serviço, que não deve ultrapassar R$39, de acordo com o presidente da Cedae, Hélio Cabral. Hoje, a empresa cobra do consumidor aproximadamente R$ 100 por 15 m³, referente a uma cota mínima.
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“Passaremos a cobrar apenas um valor, que é quase simbólico. As pessoas passarão a pagar efetivamente pela água que consomem. Pagará mais quem consumir mais, pagará menos quem consumir menos”, explicou.
Questionada pelo DIA sobre como será a nova medição do consumo, a Cedae informou que a alteração está em discussão na agência reguladora e que a companhia só pode fornecer informações mais detalhadas após conclusão do processo.
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LEI APROVADA EM 2018
Em 2018, foi aprovada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) lei que proíbe a cobrança por estimativa nos serviços de água. A demora no cumprimento da nova legislação ocorreu pela discussão do impacto econômico nas concessionárias, segundo presidente da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), Luiz Eduardo Troisi.
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Para reduzir o valor da conta

O consumidor pode exigir da Cedae a instalação de um equipamento eliminador de ar na tubulação do sistema de abastecimento de água, visando reduzir o valor da conta mensal.
O custo da operação será por conta da companhia. O valor será descontado do consumidor, em até quatro vezes nas próximas cobranças, de acordo com a Lei 6.634/2019, dos vereadores Eliseu Kessler (PSD - RJ) e Thiago K. Ribeiro (MDB - RJ), sancionada ontem pelo prefeito Marcelo Crivella.
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Sobre a lei, o vereador Thiago K. Ribeiro afirma que “desta forma é possível saber o real consumo de água e evitar cobranças indevidas. Esta é uma conquista do consumidor e, em alguns casos, poderá representar uma economia importante no fim do mês”.
*Estagiária sob supervisão de Max Leone