Paulo Paim - Divulgação
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Por O Dia
Rio - O Senado concluiu as discussões nesta segunda-feira sobre a Reforma da Previdência (PEC 6/2019). Com mais de 70 emendas recebidas até agora, o relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), deve entregar seu parecer sobre as emendas de Plenário na quinta-feira. O primeiro turno de votação está mantido para o próximo dia 24 e o segundo turno, para 10 de outubro. Para que a proposta seja votada, são necessárias cinco sessões deliberativas de discussão.
O senador Paulo Paim (PT-RS) alertou que a maioria dos especialistas que se manifestaram foram contra a proposta. "Ela acaba com o direito à aposentadoria. Eles entendem que o debate fica longe do interesse da população e com números que não são verdadeiros. O governo jogou e jogou pesado. Muitos ficaram assustados. O governo pregou o apocalipse do déficit: se a reforma não sair, o Brasil vai quebrar", lamentou.
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Para o senador, os mais atingidos serão os mais vulneráveis: os miseráveis, os pobres, os servidores públicos e a classe média.
O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) concordou com Paim quanto ao discurso pregado pelo governo. Segundo ele, o governo fez uma campanha institucional para dar à sociedade a impressão de que se a reforma não for aprovada, o Brasil deixará de existir. E não promoveu um debate profundo e transparente sobre a reforma.
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"Não estamos tratando o tema com a honestidade devida. Isso não nos alegra absolutamente. Isso nos deixa incomodados, irresignados. Vamos fazer esse debate. Um 'debate, entre aspas, porque aqui não está havendo a contestação sobre aquilo que nós estamos expondo", observou.