Rio, 31/10/2019, - ESPECIAL - Curso para estudantes que vao prestar conursos. Naldjelma Bichara. Centro do Rio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia. - Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Rio, 31/10/2019, - ESPECIAL - Curso para estudantes que vao prestar conursos. Naldjelma Bichara. Centro do Rio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia.Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Por Larissa Esposito* e Marina Cardoso
Rio - Após a aprovação da Reforma da Previdência, a próxima movimentação do governo federal será com a pauta da reforma administrativa, que pretende realizar mudanças no funcionalismo público. A proposta, entre vários pontos, estabelece novas regras para contratação de servidores, redução do número de carreiras e reformulação da estabilidade. Com esses principais pontos de alterações, pode parecer desestimulante se empenhar para prestar concursos públicos. Mas o jornal O DIA entrevistou especialistas para saber se ainda valeria a pena ou não seguir pela carreira de servidor.
"Mesmo com a aprovação da reforma, continua valendo a pena investir em concursos públicos", constata o professor e especialista em carreiras Antônio Batist. "Para quem busca uma oportunidade profissional, continua valendo, pois ainda existirão chances de crescimento no serviço público."
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De acordo com Batist, as mudanças podem atingir os métodos de avaliação, já que atualmente 60% das provas são de múltipla escolha. "Pode haver a inserção de entrevistas e dinâmicas. Já existem concursos que usam esses métodos. Por exemplo, em São Paulo, para escriturário do Tribunal de Justiça, tem prova prática de digitação", afirma. Nesse caso, o professor ressalta a importância do candidato analisar a possibilidade de adaptar e usar as experiências que viveu em processos seletivos do setor privado.
Para quem aposta no concurso público como caminho para encontrar uma estabilidade, a possibilidade de uma reforma como essa seria um balde de água fria nos estudos. A concurseira Fernanda Guimarães, de 37 anos, cogitaria rever todo o sacrifício de tentar passar para um cargo público. "Não acredito que vá passar. Porém, em um cenário pessimista, acredito que não valeria a pena, pois o investimento é muito alto e se abdica de muita coisa. Perderíamos os nossos principais incentivos com essas propostas que eles pretendem apresentar", afirma. 
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Já para Nadjelma Bichara, de 57, que estuda para concursos há alguns anos, ela não pensaria em desistir. "Eu continuarei estudando para conseguir a tão sonhada estabilidade, mesmo que seja de 3 para 10 anos de estágio probatório. Ainda acho mais sólido e vou continuar na luta até conseguir o cargo de servidora pública", finaliza.
 
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Oportunidades em todo o estado
Há vagas para seleções em municípios fluminense. A Prefeitura de Angra dos Reis está com concurso em aberto para preenchimento de 228 vagas. As inscrições vão até dia quarta-feira, pelo portal https://fgvprojetos.fgv.br/concursos/angra2019.
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São cerca de 120 vagas para cargos na Prefeitura de Areal. As inscrições são pelo site https://www.gualimpconsultoria.com.br/concurso/concurso.asp?id_concurso=116 até o dia 06 de novembro.
Na Prefeitura de Piraí, com candidaturas abertas até quinta-feira, são 70 vagas. A página para inscrição é: http://www.ibam-concursos.org.br/cargo.asp?cod=76.
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A Faetec faz novo concurso com 209 vagas. As inscrições vão até sexta-feira, no portal https://concursos.institutoacesso.org.br/informacoes/22/.
A Prefeitura de Sumidouro está com as candidaturas abertas para mais de 115 vagas distribuídas em vários cargos. A inscrição pode ser feita até dia 29 de novembro pelo site www.incpconcursos.org.br/informacoes/107/.
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Entenda os pontos da proposta da reforma
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Com a Reforma Administrativa, o governo pretende reduzir o salário de entrada dos servidores para que os valores sejam mais próximos aos do setor privado. A intenção é que haja progressão salarial para que o funcionário público só chegue ao teto no final da carreira, além de querer endurecer os critérios de promoções. Em relação ao número de carreiras, a proposta prevê corte nos atuais 117 planos.
No tópico mais polêmico, a contratação seria feita após o prazo de dez anos de estágio probatório e possivelmente pelo regime da CLT. Nesse caso, se dividiria em três categorias diferentes: sem estabilidade (podendo ser demitido sem justa causa), com estabilidade (para carreiras específicas) e por tempo determinado (em que há um limite máximo de tempo no cargo). Há, também, a tentativa para flexibilizar o processo de demissão dos servidores públicos.
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