Por Larissa Esposito*

Os principais bancos vão seguir a redução da taxa Selic, ajustada na última quarta-feira para 4,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). No entanto, para aproveitar os novos patamares de juros, é preciso avaliar cada instituição financeira, já que o repasse do corte ocorrerá em diferentes linhas de crédito.

Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, a queda será nas linhas de crédito imobiliário. Para os novos contratos a partir de segunda-feira, a taxa efetiva mínima, conforme o banco anunciou ontem, para imóveis residenciais será de 6,50% ao ano mais TR.

Em relação aos produtos de crédito pessoal, os juros para o cheque especial na Caixa passam por nova redução de 8,99% ao mês para 8% ao mês. Os clientes que optarem pelo pacote de relacionamento com o banco, os valores passarão de 4,99% ao mês para 4,95% ao mês. Nesse caso, as novas taxas valem a partir de 2 de janeiro.

As alterações no Banco do Brasil também serão válidas a partir de segunda-feira. As linhas de crédito automático e renovação vão ter taxas mínimas de 2,87% ao mês em diante e a de crediário, a partir de 3,11% ao mês. Para quem recebe proventos no BB, o crédito de salário passará a ter taxa a partir de 2,69% ao mês, além da possibilidade de antecipação do 13º.

No crédito imóvel próprio, por meio do home equity, as taxas do banco baixarão de 1,34% ao mês para 1,30% ao mês na faixa mínima. O home equity prevê crédito com imóvel como garantia.

OUTROS BANCOS

O Itaú anunciou que, para pessoa física, a redução será no empréstimo pessoal. As taxas variam de acordo com o perfil do cliente. Os novos valores, não divulgados, valem a partir de terça-feira. O Bradesco informou que não há novidades quanto alteração nas taxas. Atualmente, para crédito imobiliário, os juros são a partir de 7,30% ao ano TR. O Santander não deu retorno.

Taxa Selic encerra o ano no menor patamar: 4,5%
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Pela quarta vez seguida, o Banco Central diminuiu os juros básicos da economia na quarta-feira. Por unanimidade, o Copom reduziu a taxa Selic para 4,5% ao ano, com corte de 0,5 ponto percentual. Com a decisão, a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do BC, em 1986.
A redução, segundo especialistas, estimula a economia, pois em cenário de juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em período de baixa atividade econômica.
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No último Relatório de Inflação, o BC projetava expansão da economia de 0,9% para este ano e de 1,8% em 2020. Novas projeções sairão no dia 19.
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