O Comperj criado em 2008, e com investimentos de US$ 8,4 bilhões, foi promessa de geração de empregos e de transformação do perfil industrial de Itaboraí e regiões adjacentesdivulgação
Por MARTHA IMENES
Publicado 23/12/2019 06:00 | Atualizado 23/12/2019 15:24

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou um projeto de lei que pode, literalmente, "dar um gás" na região do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). No PL 974/19, apresentado pelo deputado Anderson Alexandre (Solidariedade), as empresas que recebem isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por integrarem o Comperj, inclusive a Petrobras, deverão, prioritariamente, empregar em todas as etapas do Comperj moradores de 15 municípios da região. A proposta agora está com o governador Wilson Witzel.

O objetivo, segundo o deputado, é gerar ao menos 3.500 empregos diretos ou terceirizados aos moradores dos municípios pertencentes ao Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste): Araruama, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis.

A decisão comemorada por moradores, que têm esperança na retomada da economia da região, é vista com desconfiança pelo especialista em Administração Pública e professor da PUC-RJ, Manoel Peixinho. "A medida viola o princípio constitucional da igualdade e do concurso público. Uma lei não pode estabelecer distinções entre pessoas de uma mesma cidade, estado ou região metropolitana", diz. O que o deputado rebate: "Por isso está escrito no projeto prioritariamente".

 

Isenção vale desde 2009
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Alternativas animam moradores da região
David Ferreira: expectativa conseguir de emprego no ComperjRicardo Cassiano/Agência O Dia
Petrobras desenvolve alternativas para o Comperj
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Firjan tem cursos de formação
Para quem pensa em entrar no ramo de petróleo e gás e tentar uma das vagas que podem abrir no Comperj tem que se preparar. Alguns cursos de formação podem abrir portas para os candidatos. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que oferece cursos via Senai, em nível técnico, os títulos de automação industrial, mecânica e eletrotécnica são os mais demandados, frente a facilidade de atuação em plantas industriais diversas, e principalmente às ligadas ao segmento de Petróleo e Gás.
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Ainda conforme a Firjan, a demanda em relação à qualificação para ampliação do segmento está ligada aos segmentos de automação, mecânica, metalurgia, logística, eletricidade e petróleo. "Podemos destacar os cursos de Instrumentação Industrial, mecânica de manutenção, eletricidade industrial, pintura industrial e soldagem", informa a Firjan.
Para conferir datas de cursos, valores - sim, estes cursos são pagos -, o candidato pode acessar a página da federação em www.firjan.com.br.
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