- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
O dólar opera em baixa nesta sexta-feira com investidores se antecipando na venda a mais um leilão de US$ 1 bilhão em swap cambial no mercado futuro e de olho na volatilidade externa da moeda americana, que opera sem direção única em meio á menor tensão com o coronavírus. Mais cedo, o presidente do Banco Central (BC), que cumpre agenda em São Paulo, afirmou que o impacto do coronavírus pode ser significativo se a epidemia for prolongada.

Investidores estão digerindo os dados do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-BR) de dezembro e 2019, que reforçam a percepção de um ritmo bem gradual de crescimento da economia interna. Esse indicador é considerado uma prévia do PIB brasileiro do quarto trimestre e de 2019, cujos dados serão divulgados em 4 de março. Também a prévia da inflação divulgada veio negativa, porém. Menos pior do que o esperado.

Após recuar 0,11% em novembro (dado revisado), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,27% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal. Foi o segundo recuo mensal consecutivo.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,53 pontos para 139,15 pontos na série dessazonalizada de novembro para dezembro. Este é o menor patamar para o IBC-Br com ajuste desde agosto do ano passado (138,79 pontos). Ainda assim, a queda ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,80% e +0,30% (mediana em -0,27%). No acumulado de 2019, o indicador acumulou alta de 0,89%, sem ajustes sazonais.

Mais cedo veio a informação de que o IGP-10 subiu 0,01% em fevereiro, após ter aumentado 1,07% em janeiro. Apesar da forte desaceleração, o resultado superou a mediana das estimativas, que havia ficado em -0,10%, segundo cálculo do Projeções Broadcast a partir do intervalo das estimativas que ia de uma queda de 0,28% a uma alta de 0,62%.

Às 9h27, o dólar à vista caía 0,16%, a R$ 4,3273. O dólar futuro para março perdia 0,54%, a R$ 4,3295.