A bandeira tarifária de energia de março é verde, isto é, sem custo extra para os clientes, mas com a alta do dólar, a conta de luz vai ficar mais cara, em média 6,21%, para 7,7 milhões de clientes em 66 municípios fluminenses a partir de domingo (15). Mas o que a alta da moeda norte-americana tem a ver com a energia consumida no Brasil? Isso ocorre porque a energia comprada pelas duas empresas vem de Itaipu e é paga na moeda americana. E as sucessivas altas do dólar impactaram diretamente os índices, de acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que aprovou o aumento. Ou seja, quando a moeda americana sobe muito, como está ocorrendo nos últimos meses, há impacto direto nas tarifas.
Para os consumidores da Light, que atende 4,1 milhões de unidades em 31 municípios do estado, o reajuste será de 5,98% para residências e 6,73% para indústrias. Já para os 3,6 milhões de clientes de Enel Distribuição Rio, antiga Ampla, que atende Niterói, Região dos Lagos e o Norte Fluminense, será de 2,48% (residências) e de 3,38% (indústrias).
Além do impacto do dólar, segundo a Aneel, a falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas registrados no ano passado também contribuíram para a alta nas tarifas em 2020. Sem chuvas, foi preciso acionar mais termelétricas (que são mais caras que as hidrelétricas) para garantir o suprimento. Parte dessa conta adicional ficou para ser paga este ano.
Impostos
Os impostos sobre as contas de luz no Rio também pesam na tarifa e estão entre os mais altos do país. Na tarifa da Light paga pelo cliente, por exemplo, 34% são para impostos; 32,7%, para compra de energia; e 10,9%, para encargos. Ficam com a distribuidora, de fato, 16,5% da receita.
Dólar
Após 13 sessões seguidas de alta o dólar finalmente cedeu: a moeda fechou a terça-feira em R$ 4,64, queda de 1,77%.
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