No sistema atual, que estava suspenso desde maio, na cor verde, não há cobrança de taxa extra, indicando condições favoráveis de geração de energia no PaísDaniel Castelo Branco
Por MARTHA IMENES
Publicado 11/03/2020 06:00 | Atualizado 11/03/2020 08:15

A bandeira tarifária de energia de março é verde, isto é, sem custo extra para os clientes, mas com a alta do dólar, a conta de luz vai ficar mais cara, em média 6,21%, para 7,7 milhões de clientes em 66 municípios fluminenses a partir de domingo (15). Mas o que a alta da moeda norte-americana tem a ver com a energia consumida no Brasil? Isso ocorre porque a energia comprada pelas duas empresas vem de Itaipu e é paga na moeda americana. E as sucessivas altas do dólar impactaram diretamente os índices, de acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que aprovou o aumento. Ou seja, quando a moeda americana sobe muito, como está ocorrendo nos últimos meses, há impacto direto nas tarifas.

Para os consumidores da Light, que atende 4,1 milhões de unidades em 31 municípios do estado, o reajuste será de 5,98% para residências e 6,73% para indústrias. Já para os 3,6 milhões de clientes de Enel Distribuição Rio, antiga Ampla, que atende Niterói, Região dos Lagos e o Norte Fluminense, será de 2,48% (residências) e de 3,38% (indústrias).

Além do impacto do dólar, segundo a Aneel, a falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas registrados no ano passado também contribuíram para a alta nas tarifas em 2020. Sem chuvas, foi preciso acionar mais termelétricas (que são mais caras que as hidrelétricas) para garantir o suprimento. Parte dessa conta adicional ficou para ser paga este ano.

Impostos

Os impostos sobre as contas de luz no Rio também pesam na tarifa e estão entre os mais altos do país. Na tarifa da Light paga pelo cliente, por exemplo, 34% são para impostos; 32,7%, para compra de energia; e 10,9%, para encargos. Ficam com a distribuidora, de fato, 16,5% da receita.

Dólar

Após 13 sessões seguidas de alta o dólar finalmente cedeu: a moeda fechou a terça-feira em R$ 4,64, queda de 1,77%.

 

Economia de até 40% no final do mês
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Menos uso de ferro elétrico e lâmpadas ligadas
Para economizar os consumidores podem adotar algumas medidas: como acumular a roupa lavada para passar e não ligar o ferro elétrico várias vezes e não deixar luzes ligadas à toa.
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"Apagar as lâmpadas dos ambientes não utilizados e vigiar os hábitos das crianças e de parentes que esquecem as luzes acesas também ajudam bastante", pontua o professor Gilberto Braga, economista do Ibmec e da Fundação D. Cabral.
Fechando a conta para economizar uma grana de energia elétrica vem uma das dicas mais populares e muitas pessoas nem se ligam: tirar os aparelhos eletrônicos da tomada. Em média, 10% da energia consumida em casa é gasta por aparelhos stand by.
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"Um decodificador de TV a cabo só é usado cerca de cinco horas por dia. Retirá-lo da tomada nas outras 19 horas, por exemplo, gera uma boa economia de energia", disse a Light.
Priorizar a troca de aparelhos eletrodomésticos por aqueles que tenham selo Procel de eficiência energética também é uma recomendação de especialistas a ser seguida para economizar no gasto de energia.
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