"Eu já trabalhava com um cenário de queda de PIB de 6% a 9%, sendo 6% com o governo fazendo alguma coisa e 9% com ele não fazendo quase nada para resolver os problemas. A saída de Moro deixa o governo mais próximo de não fazer nada", afirma.
Para Monica, países que têm atuado de forma organizada para reduzir os impactos da crise sanitária na economia já devem enfrentar uma forte recessão, além de precisar de algum tempo para retomar a economia nos patamares pré-coronavírus. No Brasil, a falta de foco e as crises pelo caminho, como a que tomou Brasília ontem, devem tornar tudo mais imprevisível.
"O Brasil está no começo da crise, longe de conhecer o pico da curva de infecção. Fica muito difícil fazer previsões nesse cenário. Mas, com o que se vê do governo, o desemprego, que já seria alto, agora vai à Lua, acima dos 20% com toda a certeza", afirma a economista.