Caio Figueiredo, gerente-executivo da unidade Centro-Rio do INSS, se reuniu com o prefeito Marcelo Crivella no último dia 19
Caio Figueiredo, gerente-executivo da unidade Centro-Rio do INSS, se reuniu com o prefeito Marcelo Crivella no último dia 19Divulgação
Por MARTHA IMENES
O INSS vai reabrir, gradualmente, algumas agências no Rio de Janeiro a partir do dia 13 de julho. Neste primeiro momento somente as pessoas que já estavam agendadas e tiveram pedidos suspensos por causa da pandemia de coronavírus serão atendidas. O número de postos ainda não está definido, mas a expectativa é de que abram pelo menos seis deles.

O gerente-executivo da Rio-Centro, Caio Figueiredo, contou com exclusividade ao jornal O DIA que para evitar aglomerações na porta das unidades - conforme recomendação de autoridades sanitárias -, contará com o auxílio da Guarda Municipal e da CET-Rio. Para isso uma parceria foi firmada entre o gestor da gerência Centro-Rio e o prefeito Marcelo Crivella.

"A nossa preocupação é com a saúde de segurados, que são em sua maioria idosos e pessoas com comorbidades. Por isso o auxílio dos agentes da prefeitura é muito importante", afirmou.

E como vai funcionar esse apoio? Segundo o gestor, eles vão ficar nas áreas externas das agências. A GM cuidará da aglomeração nas calçadas e a CET-Rio das paradas de automóveis em frente ao posto para desembarque de pessoas.

O prefeito Marcelo Crivella garantiu o apoio e disse que não medirá esforços para cidade voltar à normalidade. "Mas sempre respeitando as regras de ouro", informou Crivella. O contingente de agentes não foi divulgado. Somente quando estiver definido que agências vão funcionar será possível saber o quantitativo.

Caio destacou que todas as providências estão sendo tomadas para um retorno seguro e gradual de todos os servidores, como a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscara, face shield, além de outras medidas, como máscara e álcool gel nas agências. "Vão abrir as agências que estiverem de acordo com os protocolos de segurança", disse Figueiredo.
O gestor fez um apelo à população para que fique em casa e, se possível, priorize os canais remotos do INSS, como a central 135 e a página https://meu.inss.gov.br. "De 96 serviços oferecidos pelo instituto, 90 podem ser feitos no site", informa. E quem não tiver internet tem que marcar atendimento pelo telefone 135. Atenção: Não adianta ir direto ao ao posto, que não será atendido.
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Por conta da pandemia, serviços do INSS são prestados pela internet - Agência Brasil


Seis postos em 4 regiões
Os servidores que vão retornar ao atendimento, serão os mais jovens e sem algum tipo de impedimento para voltar ao trabalho em meio à pandemia. "Seguindo as regras, os com mais de 60 anos e que apresentem alguma comorbidade, permanecerão em home office", garantiu Caio Figueiredo, gerente-executivo da Rio-Centro, que tem sob sua gestão 20 Agências da Previdência Social (APS).

A expectativa é de que seis APS abram gradualmente. Ou seja, não serão abertas todas de uma vez. Serão priorizadas as que com atendimento no térreo para que segurados que tenham que fazer perícia médica e os mais idosos não tenham que subir escadas.

E quais seriam essas agências? Segundo uma lista que está em debate - mas ainda não estão definidas - as unidades ficariam uma na área central da cidade, uma na Zona Sul, outra na Barra da Tijuca, e três na Zona Norte. Os bairros serão divulgados em breve.
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Caio Figueiredo, gerente-executivo da unidade Centro-Rio do INSS: vão reabrir agências que atendam os protocolos de segurança - Divulgação


Militares vão fazer treinamento
O atendimento nas agências da Previdência será restrito aos agendamentos por alguns fatores. O principal deles é o déficit de servidores. Para driblar essa carência, o governo federal lançou edital para permitir a contratação temporária de militares aposentados, servidores da União aposentados e ex-agentes previdenciários também aposentados, para desafogar os pedidos de benefícios.

Para o Rio de Janeiro está previsto o envio de temporários já contratados para preencher as 183 vagas. Desse total, estima-se que 100 são de militares. Quem tiver mais de 60 anos ficará trabalhando de casa. A expectativa é de que venha um bom contingente de militares, que aposentam mais cedo.

"Acredito que no início do mês eles estejam em treinamento e a partir de julho terão plenas condições de atuar nas agências", avalia Caio Figueiredo.