Entregadores de aplicativos se organizam para reivindicar direitos - Reprodução Twitter
Entregadores de aplicativos se organizam para reivindicar direitosReprodução Twitter
Por Marina Cardoso

Os entregadores de aplicativo promoverão uma nova paralisação nacional neste mês. Em razão da falta de retorno dos aplicativos de entrega, os profissionais realizam no dia 25 o "2º Breque dos Apps", na Candelária. Assim como no dia 1º deste mês, a categoria busca melhores condições de trabalho, medidas de proteção contra o risco de infecção pelo coronavírus (covid-19) e mais transparência na dinâmica de funcionamento dos serviços e a forma de remuneração. 

Os entregadores, entre os motoboys e ciclistas, pontuam entre os principais problemas as jornadas exaustivas, sem garantia de direitos sociais, como proteção para acidentes de trabalho e equipamentos de proteção individual (EPIs). Por conta da pandemia, que tornou o serviço de entrega essencial para o isolamento social, os profissionais tiveram o trabalho redobrado.

REIVINDICAÇÕES

Entre as principais reivindicações estão a fixação de tabela de preço do frete de entregas, o aumento do valor por quilômetro e do valor mínimo por entregas, o fim dos bloqueios e desligamentos de forma injusta e sem justificativas, uma legislação específica para a categoria, além do auxílio-pandemia, com fornecimento dos EPIs e licença remunerada caso o entregador seja afastado em decorrência do coronavírus. 

Ralf Alexandre Campos, um dos apoiadores da mobilização no Rio, é organizada somente pelos entregadores. "A nossa data para a paralisação será dia 25 e teremos apoio dos motoristas de aplicativos em todo o país. Na quarta-feira, tivemos reunião com presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e foi favorável", afirma ele. 

Para o entregador e moto taxista Saulo Benicio, de 28 anos, que chega a trabalhar 10 horas por dia e percorre 255 km pelo Rio, a mobilização dos entregadores veio como uma necessidade da categoria. "Precisamos de necessidades dignas de trabalho e com mínimo direitos trabalhistas. Espero que a classe trabalhadora se una contra essas mazelas impostas no Brasil", afirma ele. 

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