E essa data ainda não e certa. Fontes do instituto informaram ao jornal O DIA que se a pandemia não recuar a data de reabertura será, novamente, reavaliada. "O que não pode acontecer é reabrir as unidades e colocar em risco a vida de pessoas que precisam dos serviços do INSS e os servidores", avalia um gestor que pediu para não ser identificado.
De acordo com o INSS, neste primeiro momento, somente os postos de atendimento que estiverem adequados aos protocolos de segurança para evitar a propagação do coronavírus vão reabrir. O instituto não informou quais serão as primeiras unidades a funcionar, mas salientou que serão consideradas as características de cada uma das 1.525 Agências da Previdência Social (APS) no país.
Os principais serviços que serão retomados este momento serão: perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência, justificação administrativa, reabilitação profissional, justificação judicial e e atendimento relacionado ao monitoramento operacional de benefícios. Os postos funcionarão parcialmente por seis horas para atender segurados e beneficiários que tiveram o agendamento suspenso por causa da pandemia de coronavírus.
O INSS informou que um painel eletrônico contendo informações sobre o funcionamento das agências, os serviços oferecidos e o horário de funcionamento estará disponível na internet para que os segurados confiram dia e horário de atendimento.
Para Viviane Peres, diretora da Federação Nacional de Servidores da Previdência Social (Fenasps), a abertura das agências de forma prematura coloca em risco a saúde de servidores e de segurados do instituto. "O público do INSS é, em sua maioria, formado por idosos, doentes, deficientes e gestantes, todos de grupo de risco", diz Viviane.
Além da Fenasps, a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) enviou ofício para o Ministério da Economia e para o INSS se posicionando contra a reabertura dos postos diante do quadro crescente de contaminação.
E a pressão continua: a secretária nacional de Perícia Médica, Karina Braido, pediu demissão junto com 120 coordenadores e chefes regionais da perícia espalhados pelo país, segundo a revista Veja. Fonte do INSS confirmou ao jornal O DIA a saída do grupo como forma de pressão pela não reabertura das agências.