Empreendedora: Ana Paula Lourenço, 41 anosDivulgação
Por Letícia Moura*
Publicado 27/09/2020 00:00
Em meio às incertezas provocadas pela pandemia de covid-19, ações buscam minimizar as dificuldades e ajudar empreendedores a impulsionar o negócio. Com o propósito de fortalecer comunidades e contribuir para a transformação social, a Fundação Casas Bahia é uma das parceiras que beneficiou mais de 1,8 mil jovens e mulheres empreendedoras por meio de iniciativas no Estado do Rio.

Recentemente, a instituição distribuiu 104 tablets para o projeto Educação + Digital, que beneficiará jovens de escolas públicas do Rio de Janeiro. Por meio da iniciativa chamada "Dia V", promoveu ações de forma digital com mentorias, vídeos com dicas sobre o mercado de trabalho, cartas de apoio a profissionais de Saúde, atividades artísticas, e presencialmente, com doação de sangue. A iniciativa contou com mais de 200 participações voluntárias.

"Com a pandemia, vimos a necessidade de apoiar as pessoas mais vulneráveis, que tendem a ser mais impactadas sob o aspecto econômico. Havia toda uma cadeia de pequenos negócios impactada, especialmente aqueles tocados por mulheres. A fundação, que historicamente atua com o propósito de fortalecer os pequenos negócios das periferias, decidiu criar o F.E.M.E - Fundo Emergencial Mulher Empreendedora, com o objetivo de apoiar as mulheres empreendedoras das periferias das regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo, duas localidades mais impactadas pela covid-19", explicou o diretor-presidente da Fundação Casas Bahia, Hélio Muniz.

Logo no início da pandemia, a fundação já havia auxiliado 906 empreendedoras fluminenses, por meio do F.E.M.E., e em parceria com a Aliança Empreendedora, selecionou mulheres do estado e destinou R$ 500 para cada, para incentivar o investimento no próprio negócio. As selecionadas ainda participaram de treinamentos voltados para gestão e educação financeira - ao todo, R$ 1 milhão foram investidos neste projeto.

ALTERNATIVA NO ARTESANATO
E uma dessas empreendedoras beneficiadas foi a Ana Paula Lourenço, de 41 anos. Em 2006, ela encontrou no artesanato alternativa para gerar renda extra, enquanto estava de licença médica. Começou pelos biscuits, passou pelo decoupage e arte francesa. E em 2012, descobriu a atividade que se tornaria a sua grande paixão no artesanato, o feltro.

Além do aporte financeiro, os cursos e a mentoria fizeram Ana Paula enxergar fora da caixinha. "Toda a capacitação me abriu os olhos para novos horizontes e me trouxe a convicção de que, como empreendedores, precisamos acreditar em nossos projetos e buscar profissionalização", explica.

Ana Paula dá dicas a outras empreendedoras. "Seja sua você mesma a sua maior incentivadora e acredite em si, sempre. Faça do amor, o principal o do seu trabalho e não desista. Não basta saber aonde quer chegar, mas do quanto está disposta a se dedicar para atingir seus objetivos", ensina.
 
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Planejar é a chave para empreender
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Quer abrir um negócio, mas não sabe como? A especialista em gestão de carreira Telma Abreu explica que o primeiro passo é o planejamento. "Decida o seu tipo de negócio e, a partir daí, você tem que estudar o mercado e estabelecer objetivos e metas principais do empreendimento ou do serviço que você quer prestar. É ideal fazer uma planilha para entender quanto você pode gastar neste momento. E assim, montar um planejamento de ações em etapas menores, para que não perca a sua motivação. Se possível, entenda o que você pode investir", diz.

Vale lembrar que, assim como a vida, o empreendimento estará sujeito aos altos e baixos, ainda mais com as recorrentes crises nacional e mundial. Mas saiba que isso faz parte do processo natural do empreendedorismo. Então, a especialista indica quatro pilares fundamentais: "Você tem que ter coragem, vontade, esforço e persistência".
*Estagiária sob supervisão de Max Leone