O calendário de créditos e saques da extensão do auxílio emergencial divulgado na segunda-feira à noite confirmou o que era esperado: 17,2 milhões de brasileiros que receberam os R$ 600 não terão acesso a todas as quatro parcelas do "trezentão". Isso porque a medida provisória que instituiu o benefício limitou o prazo de depósito a 31 de dezembro, com pagamento até 27 de janeiro do ano que vem. E com isso, os trabalhadores que tiveram o auxílio liberado em agosto (1,8 milhão de pessoas) não vão receber os R$300, que somente começam a ser pagos após o término do "seiscentão".
Ou seja, só vão colocar a mão na grana de toda renda emergencial - cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300, que totaliza, em média, R$ 4.200 - quem teve o primeiro depósito feito em abril. O total de beneficiados chega a 50 milhões. O dinheiro é destinado a trabalhadores informais, inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), desempregados, e mães chefes de família.
Já os 8,6 milhões de cadastrados em maio que receberam primeira cota de R$ 600 naquele mês vão receber apenas três parcelas de R$ 300. Os de junho (5,9 milhões) terão tempo somente para duas novas parcelas. Os registrados em julho (900 mil) vão receber apenas uma cota de R$ 300, e os de agosto, nenhuma. Segundo o Ministério da Cidadania, cerca de 67,2 milhões receberam o auxílio.
E a rotina de filas continua desde a madrugada na Caixa Econômica Federal. Ontem, Wanderley Américo Nazário e a esposa Valéria foram os primeiros a chegar na agência de Ramos, Zona Norte do Rio. Para conseguir ser atendido logo, Nazário madrugou às 2h da manhã na porta do banco. A falta de cones na rua para evitar aproximação de veículos chama a atenção e provoca receio em quem tem que ficar horas e horas nas filas quilométricas: "Os carros passam muito próximos", reclama.
Ou seja, só vão colocar a mão na grana de toda renda emergencial - cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300, que totaliza, em média, R$ 4.200 - quem teve o primeiro depósito feito em abril. O total de beneficiados chega a 50 milhões. O dinheiro é destinado a trabalhadores informais, inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), desempregados, e mães chefes de família.
Já os 8,6 milhões de cadastrados em maio que receberam primeira cota de R$ 600 naquele mês vão receber apenas três parcelas de R$ 300. Os de junho (5,9 milhões) terão tempo somente para duas novas parcelas. Os registrados em julho (900 mil) vão receber apenas uma cota de R$ 300, e os de agosto, nenhuma. Segundo o Ministério da Cidadania, cerca de 67,2 milhões receberam o auxílio.
E a rotina de filas continua desde a madrugada na Caixa Econômica Federal. Ontem, Wanderley Américo Nazário e a esposa Valéria foram os primeiros a chegar na agência de Ramos, Zona Norte do Rio. Para conseguir ser atendido logo, Nazário madrugou às 2h da manhã na porta do banco. A falta de cones na rua para evitar aproximação de veículos chama a atenção e provoca receio em quem tem que ficar horas e horas nas filas quilométricas: "Os carros passam muito próximos", reclama.
Crédito na poupança social
Os beneficiários que não fazem parte do Bolsa Família terão o dinheiro creditado na poupança social da Caixa hoje. Mas o saque para este grupo está autorizado somente em novembro. Os recursos, assim como o "seiscentão", serão depositados na poupança social digital da Caixa, e os saques seguirão um calendário diferente da data de crédito.
Os beneficiários que não fazem parte do Bolsa Família terão o dinheiro creditado na poupança social da Caixa hoje. Mas o saque para este grupo está autorizado somente em novembro. Os recursos, assim como o "seiscentão", serão depositados na poupança social digital da Caixa, e os saques seguirão um calendário diferente da data de crédito.
Os primeiros beneficiados nessa nova fase são os cadastrados em abril e que terminaram de receber as cinco parcelas do auxílio emergencial de R$ 600. Os que se tornaram elegíveis em maio, junho e julho terão os novos valores creditados em outubro, novembro e dezembro, respectivamente.
Confira quem perdeu o direito ao auxílio de R$ 300
A lista da extensão do auxílio emergencial exclui uma série de trabalhadores que foram contemplados na primeira leva da renda emergencial. Agora ficaram de fora: os que foram incluídos, em 2019, como dependente de declarante do Imposto da Renda da Pessoa Física (IRPF), por exemplo.
Também não pode receber a ajuda do governo quem conseguiu emprego formal após o recebimento do auxílio emergencial, recebeu benefício previdenciário, seguro-desemprego ou programa de transferência de renda federal após o recebimento de auxílio emergencial, entre outros.
Ao mesmo tempo que essa relação de excluídos cresceu, o Tribunal de Contas da União (TCU) estimou, em relatório divulgado no último dia 27 de agosto, que o governo Bolsonaro pagou cerca de R$ 42 bilhões do auxílio indevidamente.
O TCU aponta ainda o risco de 6,4 milhões pessoas estarem recebendo o auxílio de R$ 600 de forma irregular, o que representa 9,6% do total.
Confira quem perdeu o direito ao auxílio de R$ 300
A lista da extensão do auxílio emergencial exclui uma série de trabalhadores que foram contemplados na primeira leva da renda emergencial. Agora ficaram de fora: os que foram incluídos, em 2019, como dependente de declarante do Imposto da Renda da Pessoa Física (IRPF), por exemplo.
Também não pode receber a ajuda do governo quem conseguiu emprego formal após o recebimento do auxílio emergencial, recebeu benefício previdenciário, seguro-desemprego ou programa de transferência de renda federal após o recebimento de auxílio emergencial, entre outros.
Ao mesmo tempo que essa relação de excluídos cresceu, o Tribunal de Contas da União (TCU) estimou, em relatório divulgado no último dia 27 de agosto, que o governo Bolsonaro pagou cerca de R$ 42 bilhões do auxílio indevidamente.
O TCU aponta ainda o risco de 6,4 milhões pessoas estarem recebendo o auxílio de R$ 600 de forma irregular, o que representa 9,6% do total.
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