O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 3,2 pontos e atingiu 99,6 pontos, o maior nível desde maio deste ano - Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 3,2 pontos e atingiu 99,6 pontos, o maior nível desde maio deste anoMarcello Casal Jr. / Agência Brasil
Por O Dia
Diante da crise econômica, ocasionada pela pandemia do coronavírus, o desemprego é a realidade de 14 milhões de brasileiros. Os dados mostraram que a taxa de desocupação cresceu para 14,4%, na última semana de setembro, mas permaneceu estável se comparada a semana anterior, quando o registro era de 13,7%. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), nesta sexta-feira, e são obtidas pela Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Covid-19 (Pnad).

O levantamento mostrou ainda que 83 milhões de brasileiros estão empregados, e destes, 77,9 milhões não estão afastados do ambiente de trabalho. Apesar da flexibilização do isolamento social, cerca de 2,7 milhões de pessoas ainda estão afastadas do ofício. A taxa de informalidade também permaneceu estável, correspondendo a 34,2% da população.

“Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro, a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”, explicou em nota a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

Brasileiros com sintoma de síndrome gripal

Enquanto o número de desempregados subiu, a quantidade de brasileiros com pelo menos um dos doze sintomas de síndrome gripal caiu. De acordo com a pesquisa, durante a última semana de setembro, 8,3 milhões de cidadãos apresentavam algum sinal da doença. Um número menor, se comparado à semana anterior, quando 9,1 milhões de brasileiros tinham um ou mais sintomas. Desses mais de oito milhões com sintomas, cerca de dois milhões procuraram atendimento médico, na rede pública ou privada, e 81 mil foram internados.

Estudantes sem atividades

A pesquisa também apresentou os números referentes ao cotidiano dos estudantes. Segundo a Pnad Covid-19, na última semana de setembro, 41,6 milhões de estudantes frequentavam alguma escola ou universidade. Destes, 6,4 milhões não tiveram nenhuma atividade escolar, quantidade estável se comparada à semana anterior, quando 6,3 milhões não tiveram atividade. Já se tratando de alunos ativos, 66,7% dos estudantes tiveram aula cinco dias na semana, mantendo a estabilidade a frente do período anterior, de 66,3%.

Isolamento Social

Quando se trata de isolamento social, cerca de 84,7 milhões de brasileiros afirmaram que só saíram de casa para necessidades básicas, o que corresponde a 40% da população. O número de pessoas rigorosamente isoladas diminui, de 33,8 milhões para 31,6 milhões de cidadãos. Por outro lado, a quantidade de brasileiros que estão saindo normalmente cresceu, de 6,5 milhões para 7,4 milhões, no período de uma semana.