Audiência pública realizada nesta quarta-feira defendeu a criação do gabinete para o novo secretário estadual de Trabalho e Renda, Júlio Saraiva - Divulgação
Audiência pública realizada nesta quarta-feira defendeu a criação do gabinete para o novo secretário estadual de Trabalho e Renda, Júlio SaraivaDivulgação
Por O Dia
Rio - A deputada Mônica Francisco (PSOL), que preside a Comissão de Trabalho, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), sugeriu ao novo secretário estadual de Trabalho e Renda, Júlio Saraiva, durante audiência pública virtual nesta quarta-feira, dia 16, a criação de um gabinete de crise integrando às secretarias de Trabalho, Saúde e Ciência e Tecnologia com participação da Alerj e dos trabalhadores. O objetivo é discutir a revisão do piso salarial regional e os problemas e desafios do mundo do trabalho.
“Se não houver uma ação de integração potente e forte não vamos conseguir superar os desafios que nossos trabalhadores enfrentam, sobretudo durante a pandemia do coronavírus. Discutir o piso salarial não é falar apenas de simples reajuste e sim do impacto disso na cadeia produtiva e, sobretudo na vida das pessoas”, pontuou Mônica Francisco. 
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O secretário de Trabalho e Renda afirmou que encaminhou a proposta de revisão do piso salarial para secretário da Casa Civil nessa semana. “Assumi a secretária na última segunda-feira e imediatamente encaminhei a proposta do piso que recebemos da CETERJ. Entendo que esse é o nosso principal papel. Também defendo a valorização e o investimento no CETERJ. Pretendo investir muito na qualificação do profissional que é cada vez mais exigido das forças de trabalho”, afirmou Saraiva.
A União Geral dos Trabalhadores destacou a importância da revisão do piso salarial regional para garantir a vida dos trabalhadores. “A cesta básica hoje no Rio de Janeiro custa em média meio salário mínimo. O que significa que o trabalhador precisar trabalhar duas semanas só para comprar uma cesta básica. Por isso é tão importante discutir a revisão do piso salarial. Porque falar disso é falar da vida dos trabalhadores. Faço um apelo para que o governo ponha em discussão a proposta de reajuste do piso salarial”, afirmou Claudio Fernandes Rocha.
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A Nova Central Sindical de Trabalhadores cobrou o fortalecimento do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Geração de Renda (CETERJ). “Senão tivermos um conselho fortalecido não conseguimos de fato ajudar ao trabalhador”, afirmou Luiz Edmundo Quintanilha de Barros.
A Fecomércio lembrou o fechamento de quarenta mil micro e pequenas empresas no estado do Rio de Janeiro em 2020 e os impactos na vida dos trabalhadores. “Precisamos ter no horizonte o fim do auxílio emergencial e o fim das medidas provisórias que seguraram os empregos. Não sabemos se os empresários vão conseguir continuar mantendo esses empregos com o fim dos benefícios da MP. Precisamos estar atentos a essa questão para o início do próximo ano para que o impacto na vida dos trabalhadores não seja ainda maior”, afirmou João Gomes.
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O representante da Federação das indústrias do estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), Sérgio Yamagata, ressaltou que não é possível falar de política de emprego e renda sem levar em consideração os custos da indústria. “Hoje a gente paga o maior custo de combustível em relação aos nossos concorrentes diretos e a maior tarifa de energia elétrica. Não estamos em condições competitivas e precisamos resolver isso”, destacou Yamagata.