Com pratos e cruzes, ONG Rio de Paz pede retorno do auxílio emergencial em Brasília
Manifestação apela agora aos parlamentares para que um Projeto de Lei seja criado e a população de baixa renda não fique desassistida durante a pandemia da covid-19
Na manifestação da ONG Rio de Paz pedindo o retorno do auxílio emergencial, os pratos e as cruzes representam a fomeDivulgação/Rio de Paz
Por O Dia
Com o fim do auxílio emergencial, brasileiros com baixa ou nenhuma renda voltaram a ficar desassistidos pelo governo federal em período de pandemia da covid-19. Com alto índice de mortalidade, desemprego e escassez de oportunidades, milhões de brasileiros podem passar fome sem o auxílio emergencial, de acordo com a ONG Rio de Paz. Por isso, a organização realiza, nesta terça-feira (2), uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pedindo o retorno do benefício.
A última parcela do calendário regular do auxílio emergencial foi paga no fim de 2020. Com a pandemia voltando a ter mais força, o debate sobre a volta do benefício para 2021 também tem crescido e gerado debates sociais e econômicos. Enquanto a necessidade da população de baixa renda é explicitada, o Governo Federal é contra a continuidade do benefício com a justificativa de não ultrapassar o teto de gastos (regra que limita os gastos do governo ao crescimento da inflação).
Para Antônio Carlos Costa, presidente da Rio de Paz, é preciso dar assistência, primeiro, à população de baixa renda, que corre risco de vida: “Questão moral do momento: como evitar que o brasileiro morra por falta de oxigênio ou morra de fome. Ela está acima do tema da dívida pública e do teto de gastos. Não se faz economia para morto", disse.
Para a manifestação, integrantes da ONG espalharam pratos no gramado. Sua quantidade é a mesma que o número de deputados e senadores. Os pratos e as cruzes representam a fome.
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Em dezembro, a ONG também havia feito manifestação no mesmo lugar, pedindo que o governo não acabasse com o benefício. Na ocasião, foi montada uma réplica de uma favela com mesa e pratos vazios. A manifestação, porém, foi proibida pela polícia e as instalações tiveram que ser desmontadas.
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"O Governo Federal abandonou os despossuídos no meio de gravíssima crise humanitária, causadora de consequências catastróficas para a economia brasileira, que remeteu milhões de brasileiros para o desemprego. Como o necessitado não foi ouvido pelo presidente da República, decidimos apelar aos nossos representantes no parlamento a fim de que aprovem Projeto de Lei que prorrogue o auxílio emergencial. Somente assim o fantasma da fome será afastado de milhões de lares no nosso país”, finalizou Antônio Carlos Costa.
Durante manifestação, em Brasília, pela volta do auxílio emergencial, Antônio Carlos Costa, presidente da ONG Rio de Paz, faz apelo aos parlamentares em defesa da população de baixa renda.#ODia