A inflação dos alimentos e dos demais bens livres foi de 3,0% para 4,6% e de 2,7% para 3,0%, respectivamente, incorporando, deste modo, as novas expectativas de commodities e câmbio.
As estimativas de inflação para os serviços livres, exceto educação, recuaram de 4,0% para 3,6%. Apesar da queda, o segmento deve encerrar o ano com variação acima da observada em 2020 (1,8%), o que representa o principal fator de alta do IPCA em 2021. No caso dos preços administrados, a alta projetada de 4,4% ficou acima da estimada em dezembro de 2020 (4,0%). Os preços administrados devem exercer maior pressão sobre a inflação neste ano devido à incorporação dos reajustes não ocorridos no ano passado, ao câmbio menos valorizado e à alta mais acentuada do petróleo.
As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) são de variação de 3,4% em 2021, sendo pressionado pelos preços administrados, especialmente energia elétrica e transporte público. Os alimentos em domicílio devem ter alta de 4,7% este ano, bem abaixo dos 18,9% do ano passado.